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“Criaram um balcão de negócios no Ministério da Saúde”, diz Randolfe

Vice-presidente da CPI da Covid-19 disse que a expectativa é que até setembro possam apresentar o relatório final da comissão

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Senadores Randolfe Rodrigues (Rede AP), Simone Tebeb (MDB MS) e Humberto Costa (PT PE), falam com à imprensa ao final da CPI da COVID-19
1 de 1 Senadores Randolfe Rodrigues (Rede AP), Simone Tebeb (MDB MS) e Humberto Costa (PT PE), falam com à imprensa ao final da CPI da COVID-19 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse, nesta quinta-feira (15/7), que, enquanto brasileiros morriam por causa da Covid-19, a cúpula do Ministério da Saúde criou um “balcão de negócios”.

“A síntese de tudo é isso. Temos que apronfundar essa área da investigação. A minha expectativa é que até setembro possam apresentar o relatório final dessa CPI”, afirmou o senador a jornalistas, após o depoimento do representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho.

“O senhor Cristiano [Carvalho] trouxe informações graves, os dados que ele passa, que ele transfere a essa comissão, nos dão conta de que quando tínhamos mais de 3 mil brasileiros morrendo por dia, a cúpula da Saúde estava negociando com estelionatários”, ressaltou.

Carvalho, que prestou o último depoimento da CPI antes do recesso parlamentar, citou, ao menos, seis militares que estariam relacionados às negociações de vacinas e à pasta da Saúde.

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Procurador da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, na CPI da Covid-19
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O representante da Davati chegou ao depoimento amparado por um habeas corpus, concedido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, que lhe permitiria ficar em silêncio em questões que o autoincriminassem.

Em decisão proferida na terça-feira (13/7), Fux destacou que cabe ao depoente o direito de avaliar o que pode ou não autoincriminá-lo. Pontuou ainda que a CPI da Covid poderia decidir se Carvalho abusa ou não do direito fundamental ao silêncio. Com isso, a comissão poderia adotar as providências que julgar cabíveis.

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