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Criada há 1 mês, secretaria de combate à Covid permanece sem chefe

Ministério da Saúde chegou a anunciar a infectologista Luana Araújo para assumir o cargo, porém o nome enfrentou resistência no governo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Marcelo Queiroga_ministro da Saúde_CPI da Covid
1 de 1 Marcelo Queiroga_ministro da Saúde_CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nesta quinta-feira (10/6), a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde completa um mês de criação – e até o momento não teve um titular.

A secretaria foi criada – um ano e dois meses depois do começo da pandemia – para coordenar as medidas a serem executadas para combater a doença causada pelo novo coronavírus.

Segundo o decreto de criação, o órgão propõe diretrizes nacionais e ações de implementação das políticas de saúde para o enfrentamento à Covid-19.

Além disso, deveria manter articulação com os gestores estaduais, municipais e do Distrito Federal e coordenar as ações do Plano Nacional da Vacinação contra a Covid-19. Contudo, ninguém assumiu o papel até agora.

Nomeação

O Ministério da Saúde chegou a anunciar a infectologista Luana Araújo para assumir o cargo, porém o nome dela enfrentou resistência no Palácio do Planalto por a médica defender pontos dos quais a ala ideológica do governo discorda. Luana chegou a trabalhar mesmo sem a nomeação por nove dias.

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (foto em destaque), afirmou na terça-feira (8/6) que ele desistiu de nomeá-la, sem interferência do Planalto.

“Todas as nomeações passam pela apreciação da Casa Civil, passam pela Segov [Secretaria de Governo], e, após essa validação, a nomeação pode ser efetivada. Eu já disse aqui que não houve nenhum óbice formal dessas duas instâncias”, disse o ministro. “A Casa Civil aprovou o nome dela”, completou.

Queiroga ainda afirmou. “Eu desisti do nome da doutora Luana, porque eu vi que o nome dela não estava suscitando o consenso que eu desejava”, salientou.

A versão conflita com a dada por Luana. Também à CPI, ela disse ter sido informada pelo próprio ministro que seu nome não teria sido aprovado pelo Palácio do Planalto.

Demora

Queiroga foi anunciado ministro em 15 de março, e tomou posse oito dias depois, em 23 de março. Um dia depois da posse, o novo chefe da pasta anunciou a criação da secretaria.

O decreto com a criação do órgão, contudo, só foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) em 10 de maio. O documento remanejou cargos e servidores para o órgão ser criado.

“Nós estamos agora com um firme propósito, e essa é uma providência do momento, de instituir uma secretaria especial para o combate à pandemia de Covid-19. Essa secretaria vai cuidar somente da pandemia, porque sabemos que, além da pandemia, as pessoas continuam tendo outros males”, disse, à época.

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