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“CPMI será tiro no pé de bolsonaristas”, diz vice-líder do governo

Lideranças do governo de Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso trabalham para ocupar maioria dos assentos da CPMI sobre os atos de 8/1

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Deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do GT do Centro de Governo, do Gabinete de Transição fala com a imprensa do lado de fora do CCBB - Metrópoles
1 de 1 Deputado federal eleito Lindbergh Farias (PT-RJ), integrante do GT do Centro de Governo, do Gabinete de Transição fala com a imprensa do lado de fora do CCBB - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Vice-líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, Lindbergh Farias (PT) classificou como “tiro no pé” a iniciativa da oposição para instaurar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos terroristas de 8/1. Ele evidenciou a ofensiva da base governista, antecipada pelo Metrópoles, para ocupar mais assentos no colegiado, permitindo investigação em moldes favoráveis ao Planalto.

“A ideia é separar alguns quadros para ficarem exclusivamente nessa função da CPMI. Foi um tiro no pé para a narrativa deles nas redes sociais. O Anderson Torres é a ligação com o ex-presidente Jair Bolsonaro”, destacou Lindbergh. O parlamentar avalia que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF será um dos nomes convocados para depor no colegiado.

A CPMI será formada por 32 titulares, sendo 16 deputados e 16 senadores. No Senado, Lindbergh adianta que o cálculo do governo é ocupar entre 10 e 11 cadeiras. Na Câmara, o cálculo é mais disperso, porque a base governista ainda não está bem definida. A estratégia é usar as lideranças dos dois grandes blocos parlamentares da Casa Baixa para indicar nomes mais favoráveis ao governo.

O maior bloco da Câmara é formado por 173 deputados de partidos de esquerda e de centro, com liderança de Felipe Carreras (PSB). A expectativa é de que a liderança indique pelo menos cinco nomes distantes da pauta bolsonarista.

O segundo bloco tem 143 parlamentares, sendo formado também por partidos da base, junto com alguns independentes e de oposição. O líder é Fábio Macedo (Podemos-MA), nome também de perfil governista.

“A Presidência da CPMI será do bloco governista, assim como o relator. Essa história de que o autor do pedido de CPI se torna presidente ou relator não existe. Isso é quando há acordo. Nunca aceitaríamos que o deputado André Fernandes, que está sendo investigado pelo STF por sua atuação no dia 8/1, fosse presidente”, ressaltou Lindbergh.

O petista acrescentou que a liderança do PT estuda medidas regimentais ou jurídicas que impeçam Fernandes de participar da CPMI. Segundo os governistas, o parlamentar é parte interessada no assunto investigado e, dessa forma, não poderia deliberar sobre o inquérito.

Apoio à CPMI

A base do governo Lula no Congresso não apoiava a iniciativa dos bolsonaristas para uma CPMI sobre os atos de 8/1. Após as imagens do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, dentro do palácio do Planalto durante a invasão do prédio, as lideranças da base governista decidiram apoiar a instauração do colegiado.

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