CPMI das Fake News: WhatsApp diz que baniu 400 mil contas no país
A empresa identificou atividades que violam os termos de uso da plataforma, entre elas o disparo de mensagens em massa
atualizado
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O WhatsApp afirmou ter banido cerca de 400 mil contas no Brasil entre os dias 15 de agosto e 28 de outubro de 2018, período do segundo turno das eleições presidenciais. Foram identificadas atividades que violam os termos de uso da plataforma, entre elas o disparo de mensagens em massa.
A empresa enviou um ofício ao presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), que foi disponibilizado no sistema da CPMI nesta segunda-feira (18/11/2019).
No ofício, a empresa afirma que proíbe o uso de qualquer aplicativo ou robô para o envio de mensagens. “Depois que um usuário registra com êxito uma conta no WhatsApp, nós procuramos sinais de automação ou comportamento anormal de envio de mensagens. Por exemplo, se um usuário faz alterações rápidas em seu catálogo de contatos ou os números não são compartilhados reciprocamente entre os usuários, isso pode indicar que um remetente obteve números sem o consentimento do usuário”, explicou a empresa
Suspeita de uso de robôs
Segundo o portal G1, a CPMI solicitou ao WhatApp os dados das contas banidas “por suspeita de uso de robôs, disparo em massa de mensagem e disseminação de fake news e discurso de ódio” no período.
A empresa, porém, afirmou que só mantém o armazenamento de dados por seis meses. “Por conta do longo período transcorrido desde o intervalo de datas de 15 de agosto de 2018 a 28 de outubro de 2018, de um modo geral o WhatsApp não tem informações disponíveis relacionadas a contas banidas nesse período”, afirma a empresa.
Mas algumas contas banidas nesse período estão disponíveis pois foram alvos de divulgação de dados para tribunais eleitorais no Brasil para a preservação de dados ligados a casos eleitorais.
A empresa afirma: “Como o WhatsApp é uma plataforma criptografada, nossas decisões contra atividades automatizadas e de envio de mensagens em massa são baseadas no comportamento das contas ao invés do conteúdo de mensagens”.