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CPMI da JBS recomeça nesta quarta e será pautada por ataques a Janot

Na terceira reunião, membros definirão o plano de trabalho e depois debaterão nomes a serem convocados, incluindo o do ex-procurador-geral

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JF Diorio/Estadão
JBS 3
1 de 1 JBS 3 - Foto: JF Diorio/Estadão

Marcada para começar às 9h desta quarta-feira (20/9), a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS promete ataques de todos os lados. Pela manhã, os membros da CPMI irão definir o plano de trabalho até o dia 12 de dezembro, quando a comissão deve ser concluída. Depois, senadores e deputados irão votar os 141 requerimentos para a convocação de pessoas a serem ouvidas. É nessa segunda fase que a reunião, que não tem hora para acabar, promete pegar fogo.

Entre os nomes a serem convocados para prestar esclarecimentos ao parlamentares estão os dos irmãos Joesley e Wesley Batista – que devem ser chamados, já que a necessidade da presença dos dois é unanimidade entre os membros da CPMI. Também consta na lista o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A presença de Janot será o sétimo item a ser votado nesta quarta e deve esquentar os debates.

Na terça-feira (19), o relator da comissão, deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), disparou ataques a Janot. “Ele decidiu armar esta conspiração com o objetivo de depor Temer [da Presidência da República] e fazer o seu sucessor na PGR. Não aceitava nem ouvir o nome de Raquel Dodge, a quem chamava de ‘bruxa'”, declarou Marun ao Metrópoles. “Vejam a que ponto pode chegar um homem inebriado pelo poder. Será que eu estou errado em querer investigar tudo isso?”, acrescentou.

Durante a tarde, Marum se reuniu com os deputados delegado Francischini (SD-PR) e Hugo Leal (PSB-RJ), que assumiram a sub-relatoria da CPMI. Os parlamentares serão responsáveis por detalhar as investigações sobre os contratos firmados entre a empresa e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), assim como apontar os possíveis crimes de direito de concorrência. Juntos, os três definiram como andará a comissão, no entanto, tudo precisa ser aceito pelos demais membros.

O deputado federal pelo Distrito Federal Laerte Bessa (PR) faz parte da comissão. Segundo ele, a ideia é que nesta quarta (20) sejam definidos todos os nomes que falarão à CPMI até dezembro. “Vamos trabalhar em uma pauta de requerimentos para oitivas dos principais envolvidos nos crimes contra o patrimônio público. Quero requisitar ainda a presença de empresários do estado de Goiás que foram vítimas da família Batista”, afirmou.

Rejeição a Marun
A CPMI da JBS foi tirada do papel no último dia 5, depois que Rodrigo Janot passou a investigar a delação premiada dos irmãos Batista. Na semana passada, quatro senadores – Ricardo Ferraço (PSBD-ES), Cristovam Buarque (PPS-DF), Dário Berger (PMDB-SC) e Otto Alencar (PSD-BA) – deixaram a comissão após Carlos Marun ser eleito relator.

A indicação do deputado à relatoria foi uma exigência do PMDB, partido que tem mais cadeiras no Congresso Nacional. Porém, o parlamentar é apontado por oposicionistas como um “instrumento” do Palácio do Planalto para atacar os delatores da JBS e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot.

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