CPMI da JBS ouve ex-presidente da Caixa e chefe do BNDES
Maria Fernanda Ramos Coelho e José Cláudio Rego Aranha negaram irregularidades em transações com empresas da família Batista
atualizado
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Durante mais de quatro horas, a CPMI da JBS ouviu, nesta terça-feira (10/10), dirigentes da Caixa Econômica Federal e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Maria Fernanda Ramos Coelho (imagem em destaque), ex-presidente da Caixa, foi a primeira a prestar esclarecimentos aos parlamentares.
Convidada à CPMI, a ex-gestora do banco estatal quase não foi colocada contra a parede pelos deputados e senadores que participam da comissão. Questionada sobre os empréstimos realizados pelo banco ao grupo JBS, Maria Fernanda disse que as negociações financeiras não acenderam nenhuma “luz amarela”, ou seja, não despertaram desconfiança por parte da instituição.
BNDES
Já José Cláudio Rego Aranha, ex-chefe do Departamento de Investimentos do BNDESPar – setor do banco que trabalha com as participações acionárias – foi mais pressionado pelos integrantes do colegiado. Ele disse não ter visto qualquer “ato ilegal”, tampouco ter tomado conhecimento de ilegalidades no banco.
Aranha negou proximidade com o ex-ministro da Fazenda e do Planejamento das gestões petistas Guido Mantega ou ter se favorecido financeiramente da atividade que exercia. Mesmo assim, a comissão deverá solicitar a quebra dos sigilos bancário e telefônico do ex-gestor do BNDES nas próximas sessões.
As votações dos requerimentos que estavam previstas para esta terça foram adiadas por falta de quórum. Os membros da CPMI voltarão a se reunir apenas na semana que vem.