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CPMI da JBS aprova convocação de ex-presidente do Cade

Para colegiado, Vinícius Marques de Carvalho deve esclarecer por que o conselho não conteve supostos abusos do grupo investigado

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Elza Fiúza/Agência Brasil
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1 de 1 Foto colorida mostra Vinícius Marques de Carvalho, da CGU - Metrópoles - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Depois do depoimento de mais de duas horas do advogado Willer Tomaz de Souza, a CPMI da JBS aprovou apenas um requerimento nesta quarta-feira (4/10). Vinícius Marques de Carvalho, ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), será obrigado a comparecer à comissão porque foi convocado pelos parlamentares. No entanto, ainda não há uma data certa para que o economista seja ouvido.

Para o presidente da CPMI, senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO), o depoimento do ex-presidente do Cade pode trazer novidades às investigações. Segundo ele, Carvalho ajudará os parlamentares a entenderem por que não se deu a prevenção aos abusos econômicos que teriam sido cometidos pela JBS e a holding J&F, controladora do grupo.

A oitiva do ex-presidente do Cade chegou a ser aprovada na sessão de terça-feira (3), por unanimidade, mas acabou revogada pouco depois, atendendo reclamação do deputado Paulo Pimenta (PT-RS). Ele se ausentou no momento da decisão por ter sido designado para acompanhar o depoente do dia, Luciano Coutinho, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Assim, a votação precisou ser repetida na sessão desta quarta.

Mais uma vez, os integrantes da CPMI consideraram que a presença de Carvalho será fundamental às apurações. O Ministério Público Federal investiga um contrato de R$ 406,6 milhões assinado entre uma termelétrica do grupo J&F e a Petrobras para fornecimento de gás boliviano depois de suposta interferência do Cade.

A convocação da advogada Fernanda Tórtima, da JBS, que era prevista na pauta do dia, não foi votada. Também não houve definição sobre a oitiva do advogado Pierpaolo Bottini, flagrado em encontro com o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, em um bar de Brasília.

Contra vazamentos
Os parlamentares decidiram ainda criar uma sub-relatoria para investigar o vazamento de investigações sigilosas e propor melhorias na legislação. O relator será o deputado Wadih Damous (PT-RJ).

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