CPI vai ao STF para pedir banimento de Bolsonaro das redes sociais
Comissão também pedirá que o mandatário do país se retrate sobre a fala em que associa vacinação contra Covid-19 ao desenvolvimento de Aids
atualizado
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A CPI da Covid-19 deve requisitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o banimento ou suspensão das contas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) das redes sociais, após o chefe do Executivo federal divulgar informação falsa relacionando vacinação contra Covid-19 com desenvolvimento de Aids.
A informação foi confirmada pelo vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Senadores do G7 estão reunidos na noite desta segunda-feira (25/10) para alinhar os últimos detalhes do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que deverá ser votado nesta terça-feira (26/10).
De acordo com o senador, o encaminhamento, ad referendum, não carece de ser aprovado em plenário e já conta com o apoio do presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-AM).
A CPI também pedirá que o mandatário do país se retrate sobre a fala, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. “Creio que não deveremos ter problema em relação a isso”, enfatizou Randolfe.
Mais cedo, o próprio senador comunicou que a comissão incluiria no relatório final “a fala mentirosa e absurda” do chefe do Executivo federal.
A declaração de Bolsonaro ocorreu durante a live semanal na última quinta-feira (21/10) e gerou críticas de políticos e de entidades médicas e científicas. As redes sociais Facebook e Instagram derrubaram o vídeo do presidente.
“Temos um delinquente contumaz na Presidência da República. Informo que incluiremos, no relatório da CPI, a fala mentirosa e absurda de Bolsonaro associando a vacina contra a Covid-19 à Aids”, escreveu Randolfe, nas redes.
Inquérito das fake news
“Além disso, encaminharemos ofício ao ministro Alexandre de Moraes, pedindo que Bolsonaro seja investigado por esse absurdo no âmbito do inquérito das fake news e recomendaremos às plataformas de redes sociais a suspensão e/ou o banimento do presidente”, acrescentou o vice-presidente da CPI, pela manhã.
A CPI se reúne, nesta terça-feira (26/10), para votar o relatório final apresentado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) na última semana. Novos indiciamentos devem ser incluídos no documento.