CPI torna Queiroga, Pazuello e mais 12 em investigados. Veja a lista
A reclassificação dos depoentes, de testemunhas para investigados, é uma atribuição do relator, Renan Calheiros
atualizado
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O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou, nesta sexta-feira (18/6), a lista de investigados do colegiado. A relação conta com nomes de ex-ministros e do atual titular do Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga.
A reclassificação dos depoentes, de testemunhas para investigados, é uma atribuição do relator e precisa ser levada para discussão do plenário da comissão.
A manobra permite ainda que os citados constem na lista de indiciados pela comissão, ao fim dos depoimentos, quando uma denúncia deverá ser feita ao Ministério Público. Na condição de investigados, a CPI poderá também aprovar quebra de sigilos e operações de busca e apreensão.
A lista completa com os nomes foi anunciada em entrevista coletiva do chamado G7, grupo de senadores que fazem parte do comando da CPI.
No momento de apresentação da lista, Renan voltou a criticar a conduta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão do enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O relator da CPI afirmou que a postura do mandatário do país frente à gravidade da crise sanitária é “irresponsável, deslavada e criminosa”.
“Neste fim de semana, chegaremos, tristemente, a mais de meio milhão de mortes no Brasil pela Covid, diante da absoluta irresponsabilidade do chefe de governo, que ainda ontem reiterou tudo que havia dito a respeito da imunidade de rebanho, da imunização natural. Mais uma vez, querendo enganar a população. Irresponsável, deslavado e criminoso”, falou.
Calheiros disse que o trabalho investigativo do colegiado “já demonstrou que o governo sempre recusou as vacinas e sempre tentou e colocou em seu lugar o chamado tratamento precoce”.
Renan não descarta ampliar a lista de investigados. “Essa lista será atualizada semanalmente, a partir das informações que nós vamos receber”, explicou.
Confira quais os nomes que passaram a ser classificados como investigados:
- Marcelo Queiroga (ministro da Saúde);
- Eduardo Pazuello (ex-ministro da Saúde);
- Ernesto Araújo (ex-ministro de Relações Exteriores);
- Fabio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação Social);
- Mayra Pinheiro (secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde);
- Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina);
- Paolo Zanotto (virologista defensor da cloroquina);
- Carlos Wizard (empresário que aconselhou Pazuello);
- Arthur Weintraub (ex-assessor especial da Presidência da República);
- Francieli Fantinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização);
- Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas);
- Élcio Franco (ex-secretário executivo do Ministério da Saúde);
- Hélio Angotti Neto (secretário do Ministério da Saúde);
- Luciano Dias Azevedo (tenente-médico que preparou minuta para mudar bula da cloroquina).