CPI se reúne com equipe técnica e faz balanço dos 90 dias de trabalho
Encontro foi mediado por senadores do chamado G6, grupo independente e de oposição que forma a maioria do colegiado
atualizado
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Senadores que integram o G6 da CPI da Covid-19 se reuniram com uma equipe técnica, nesta terça-feira (20/7), para discutir os objetos de investigação do colegiado. Impedidos de realizar oitivas, os parlamentares trabalham nos bastidores para não paralisar por completo a comissão durante o recesso parlamentar.
O presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o encontro serviu para fazer um balanço de tudo que já foi investigado nos primeiros 90 dias.
“A palavra de ordem hoje é se aprofundar nas investigações, fazer as ligações entre empresas, pessoas e servidores para que a gente não cometa injustiça e não saia falando uma coisa que não possamos provar”, disse.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Aziz defendeu o trabalho da comissão que, segundo ele, “é técnico e não político”. “Com certeza iremos chegar a conclusões que a população brasileira quer saber: por que não compramos as vacinas e por que chegamos a um número acima de 540 mil mortos por Covid-19 no Brasil”, prosseguiu.
Durante esses três meses, já conseguimos recolher muitas informações que, com certeza, vão nos levar até a resposta que o Brasil todo quer saber: Por que não compramos as vacinas e por que chegamos ao número acima de 540 mil mortos pela Covid-19 no país? pic.twitter.com/5RQ7FBOpP4
— Omar Aziz (@OmarAzizSenador) July 20, 2021
Núcleos investigativos
Para organizar melhor os trabalhos durante o recesso, o comando da CPI formou núcleos investigativos que serão coordenados por, pelo menos, um senador. Caberá ao parlamentar responsável pelo núcleo formular um relatório sintetizando as descobertas.
O objetivo é facilitar e agilizar as investigações do colegiado, que teve prazo prorrogado para mais 90 dias. “Estamos diante de uma hidra: a cada cabeça que a gente decepa, regenera-se uma outra com novos esquemas que estão aparecendo”, disse Randolfe.
“Na semana que vem haverá uma apresentação do que foi encontrado e na outra semana, sob coordenação do senadores Alessandro Vieira [Cidadania-SE] e Simone Tebet [MDB-MS], vamos fazer uma reunião com juristas para discutir a tipificação dos crimes que estamos encontrando”, explicou.
Segundo Randolfe, a expectativa é de que a reunião com os juristas ocorra em São Paulo ou em Brasília, entre os dias 27 e 29 de julho.