CPI: Renan sugere notificar Interpol para que Wizard preste depoimento
Marcada para quinta-feira da semana passada (17/6), o depoimento do empresário não ocorreu após ele não comparecer ao colegiado
atualizado
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O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), sugeriu, nesta segunda-feira (21/6), notificar a Interpol para garantir que Carlos Wizard não se abstenha, pela segunda vez, de depor ao colegiado. Marcada para quinta-feira da semana passada (17/6), a oitiva com o empresário não ocorreu após ele não comparecer para depor.
Pelo Twitter, o senador defendeu que “não custa nada, ainda assim, notificar a Interpol para deixar tudo formalizado”. “Depois de dois meses de ser pública e notória a convocação da CPI ao senhor Carlos Wizard, ele agora diz que virá”, publicou.
Veja o post:
Depois de dois meses de ser pública e notória a convocação da CPI ao senhor Carlos Wizard, ele agora diz que virá. Não custa nada, ainda assim, notificar a Interpol para deixar tudo formalizado. #CPIdaPandemia https://t.co/dRaVAGhha0
— Renan Calheiros (@renancalheiros) June 21, 2021
Conforme antecipado pelo Metrópoles, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou ter marcado para a quarta-feira da próxima semana (30/6), às 9 horas, uma nova tentativa de depoimento presencial do empresário.
Aziz marcou a data após receber um e-mail da defesa de Wizard nesta segunda-feira (21/6). Como o colunista Igor Gadelha mostrou, os advogados pediram uma audiência com o senador a fim de discutir uma nova data para a oitiva.
O depoimento de Wizard estava marcado para a última quinta-feira (17/6), mas o empresário não compareceu. Em razão disso, a CPI pediu, e a Justiça autorizou a retenção do passaporte dele.
“Turismo da impunidade”
Na semana passada, Calheiros disse que Wizard promove um “turismo da impunidade“. Segundo o parlamentar, a resistência do convocado a depor configura um “enfrentamento” aos trabalhos da comissão.
“Estamos no encalço e a CPI não vai aceitar esse enfrentamento. Nós investigamos no Parlamento, de maneira política e excepcional, porque temos poderes constitucionais, judiciais e de polícia para tanto”, disse.
O relator afirmou que Wizard enta “driblar o prazo da CPI”. O colegiado tem 90 dias para concluir as investigações e apresentar o relatório final ao Ministério Público. A CPI pode, contudo, prorrogar o prazo de investigação.
“Não comparecer a este Parlamento significa enfrentar uma instituição. O que eles estão fazendo, porque tem dinheiro, é uma espécie de turismo da impunidade. Viajam para o exterior para driblar o prazo desta CPI”, disparou o relator.