CPI: Renan recua e retira Heinze do rol de indiciados do relatório
O documento fica com 80 indiciamentos, sendo 78 pessoas – entre elas, o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos – e duas empresas
atualizado
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O relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), retirou, nesta terça-feira (26/10), o nome do senador governista Luis Carlos Heinze (PP-RS), defensor contumaz da cloroquina para tratamento da Covid-19, do rol de indiciados do relatório final.
Desta forma, o documento fica com 80 indiciamentos, sendo 78 pessoas – entre elas, o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos – e duas empresas.
Veja como foi a CPI:
Heinze foi incluído durante a sessão desta terça após o governista defender mais uma vez, no voto em separado, o uso de medicamentos sem comprovação de eficácia para o tratamento da Covid-19 e criticar a comissão.
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES), que já acionou o Conselho de Ética do Senado, contra Heinze pediu o indiciamento do governista, acatado de imediato pelo relator. A inclusão gerou críticas da ala governista da comissão.
Vieira, horas depois, pediu que o nome do governista fosse retirado, sob o argumento da imunidade parlamentar e a preocupação de trazer prejuízo à comissão. “Essa CPI prestou um serviço para este Brasil muitíssimo relevante e não posso, a essa altura, colocar em risco nenhum pedaço deste serviço por causa de um parlamentar irresponsável”, disse. Calheiros acatou.
A comissão realiza, nesta terça, a votação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), com 81 pedidos de indiciamentos – entre eles, o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. A votação do relatório, de forma nominal, será o verdadeiro teste da unidade do grupo majoritário na comissão.