CPI: Renan diz que Queiroga é cúmplice de “jogo macabro” de Bolsonaro
Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros defendeu que é preciso “marcar rapidamente a volta do ministro” à comissão
atualizado
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O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, afirmou neste domingo (30/5) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se torna cúmplice de um “jogo macabro” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por se omitir diante de um “morticínio”.
Nas redes sociais, o senador afirmou que, “na psicanálise freudiana, a pulsão de morte é o movimento em direção à morte e à autodestruição”.
“É preciso marcar rapidamente a volta do ministro à CPI”, defendeu Renan Calheiros.
Na psicanálise freudiana, a pulsão de morte é o movimento em direção à morte e à autodestruição. É o jogo macabro de Bolsonaro do qual o ministro Queiroga se torna cúmplice pq se omite diante do morticínio. É preciso marcar rapidamente a volta do ministro à CPI.#CPIdaCovid
— Renan Calheiros (@renancalheiros) May 30, 2021
Nova convocação de Queiroga na CPI
Como o Metrópoles mostrou mais cedo, a CPI da Covid avalia antecipar a nova convocação do ministro Marcelo Queiroga à comissão.
Neste domingo, o núcleo de senadores de oposição ao Palácio do Planalto, também conhecido como G7, fez uma reunião remota para analisar a revisão do cronograma de investigação e depoimentos.
As propostas vão passar pelo crivo do presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM).
Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), a antecipação do retorno de Queiroga é consequência da postura recente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“É por conta de que o presidente continua a adotar um comportamento que amplia os riscos à Saúde. E já estamos no início da 3ª onda da pandemia”, pontuou.
Agenda da CPI
Na semana passada, a comissão divulgou a agenda de depoimentos das próximas semanas. De acordo com a lista, repassada pelo presidente da comissão ao Metrópoles, além de nove governadores, empresários e especialistas estão confirmados.
Veja:
- 1º de junho: Dra. Nise Hitomi;
- 2 de junho: Dr. Clovis Arns, professor de infectologia da UFPR e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia; Dra. Zeliete Zambom, médica da Família e Comunidade, Faculdade São Leopoldo Mandic; Dr. Francisco Eduardo Cardoso, especialista em infectologia pelo SES/SP; e Dr. Paulo Porto de Melo, neurocirurgião;
- 8 de junho: Nísia Trindade Limea, presidente da Fiocruz;
- 9 de junho: Antonio Élcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde;
- 10 de junho: Markinhos Show, assessor especial no Ministério da Saúde;
- 11 de junho: Claúdio Maierovitch, ex-presidente Anvisa e da Fiocruz; e Nathália Pasternak, microbiologista e pesquisadora da USP;
- 15 de junho: Marcellus Campêlo, secretário de Saúde do Amazonas;
- 16 de junho: Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro;
- 17 de junho: Carlos Wizard, empresário;
- 22 de junho: Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais;
- 23 de junho: presidente do Instituto Gamaleya (vacina Sputnick);
- 24 de junho: Jurema Werneck, representante do Movimento Alerta;
- 29 de junho: Wilson Lima, governador do Amazonas;
- 30 de junho: Helder Barbalho, governador do Pará; e
- 1º de julho: Wellington Dias, governador do Piauí.