CPI: Randolfe quer Guedes no relatório e ameniza divergência com Renan
Vice-presidente da CPI da Covid afirmou que a discordância entre o relator e os demais parlamentares “é de forma, não de conteúdo”
atualizado
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O vice-presidente da CPI da Covid-19, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), negou que o G7, grupo majoritário que comanda o colegiado, esteja “isolando” o relator Renan Calheiros (MDB-AL) em razão de discordância com o teor do relatório final do emedebista. O senador cobrou, porém, a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, entre os indiciados.
Randolfe afirma que as divergências entre a cúpula da comissão e Calheiros serão pacificadas. “Temos outras contribuições, textos como do senador Alessandro Vieira que trazem outros indiciados, como o ministro Paulo Guedes. A eventual divergência que há neste momento é de forma, não de conteúdo. Vamos pacificar”, enfatizou o parlamentar.
O senador disse ainda não ter tido acesso ao relatório do emedebista. “Não tivemos acesso, soubemos pela imprensa”, reforçou.
A divergência dos parlamentares ao relatório vazado provocou, mais uma vez, o adiamento da votação do documento. Incialmente prevista para esta quarta (20/10), a apreciação do relatório ficou para 26 de outubro.
“Nós analisamos, também, que uma eventual vista de apenas 24 horas, embora amparada pelo regimento interno do Senado, poderia implicar em algum tipo de nulidade processual ao relatório em momento posterior”, explica o vice-presidente. Regimentalmente, o pedido de vista ocorre após leitura do relatório pelo relator da comissão parlamentar de inquérito.
Calheiros também comentou as divergências entre o grupo, mas colocou panos quentes na discussão em torno do relatório. “Isso é natural, este é um grupo heterogêneo e que só caminha pela maioria. Meu propósito como relator será sempre acolher as proposições da maioria”, disse o senador sobre o G7.
Em relação ao vazamento do relatório, o emedebista disse lamentar o ocorrido. “Lamento que tenha vazado, mas até achei bom porque antecipou publicamente um debate que era inevitável. Sem o debate fica difícil construir um consenso”, prosseguiu.
Questionado sobre a inclusão de Guedes no rol de indiciados, Calheiros defendeu: “Sempre me posicionei pela maioria, se a maioria defender isso, já está incluído”.