CPI pode reconvocar depoentes como investigados, diz Renan Calheiros
Colegiado convocou depoentes na condição de testemunha para evitar que ficassem em silêncio durante as oitivas
atualizado
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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), já admite reconvocar depoentes do colegiado, desta vez, na condição de investigados. Todos os convocados até o momento vinham ao plenário para depor como testemunha.
Antes de entrar para a sessão desta sexta-feira (11/6), destinada a ouvir especialistas sobre medidas de enfrentamento da pandemia, o relator afirmou que a ida dos depoentes enquanto testemunhas foi uma “questão de estratégia”.
“Por questão de estratégia, começamos os nossos trabalhos sem ter investigados, todos foram ouvidos na condição de testemunha, não temos, até então, investigados na forma da legislação. Talvez a próxima etapa seja colocar algumas dessas pessoas que já estiveram na comissão parlamentar de inquérito na condição de investigados”, disse o senador.
A opção pela convocação na condição de testemunha foi uma estratégia adotada pelo G7, grupo majoritário do colegiado, para evitar que depoentes fizessem uso do silêncio durante as oitivas ou, então, se recusassem a ir à CPI da Covid. O cenário poderá ser diferente entre os investigados.
Agenda do dia
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid realiza, nesta sexta-feira (11/6), a primeira audiência pública com especialistas para tratar de medidas de combate à pandemia. Os senadores convidaram os cientistas e pesquisadores Natalia Pasternak e Claudio Maierovitch.
A sessão será “interativa”, com a possibilidade de participação de internautas, por meio do envio de perguntas.
A tendência é de que a dupla seja questionada sobre eficácia da vacinação e das medidas não farmacológicas, como uso de máscaras de proteção e distanciamento social, além da eficácia ou não do chamado tratamento precoce de pacientes da Covid-19.
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