CPI pedirá afastamento de “Capitã Cloroquina” do Ministério da Saúde
Mayra Pinheiro é defensora do uso de medicamentos ineficazes no tratamento da Covid-19 e está entre os alvos de investigação do colegiado
atualizado
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Senadores que integram a CPI da Covid-19 aprovaram, nesta terça-feira (3/8), a apresentação de um pedido judicial solicitando o afastamento de Mayra Isabel Correia Pinheiro do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde.
Conhecida como “Capitã Cloroquina“, a servidora defensora do uso de medicamentos ineficazes no tratamento da Covid-19 é um dos alvos de investigação do colegiado. A secretária depôs na comissão em 25 de maio.
O pedido judicial de afastamento partiu do senador Humberto Costa (PT-PE). O parlamentar justifica que “há elementos suficientes para apontar a participação direta e inequívoca da senhora Mayra Isabel Correia Pinheiro na condução do Governo Federal que levou ao presente caos, de mais de 550 mil mortos”.
“A sua manutenção no cargo mostra que nada mudou, apesar da última troca do ministro, trazendo prejuízos óbvios para a população brasileira, bem como para a apuração dos fatos”, explicou o petista no requerimento.
Costa alega que o artigo 319 do Código de Processo Penal e a Lei de Improbidade Administrativa, em seu artigo 20, preveem a possibilidade de afastamento de função e cargo públicos “quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais” ou “quando a medida se fizer necessária à instrução processual”.
Processado por Mayra, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), criticou as posturas da secretária e da base governista. “Estou sendo processado pela Mayra Pinheiro que disse que receberia a bola de cinco senadores para eu fazer o gol. Os senadores são meio de campo da Seleção e ela é o Neymar”, ironizou.
“Ela [Mayra Pinheiro] é responsável pela morte de muito amazonenses. Ela responsável pela morte de pessoas que eu conhecia. Ao invés de levar um tratamento digno, levou o tratamento precoce”, criticou.