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CPI ouve sócio da VTCLog sobre saques milionários feitos por motoboy

Comissão entra na última semana de depoimentos com foco em suposto esquema de corrupção no governo federal e caso Prevent Senior

atualizado

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CPIPANDEMIA – Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia
1 de 1 CPIPANDEMIA – Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia - Foto: null

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 entra na última semana de depoimento ouvindo, nesta terça-feira (5/10), um dos sócios da empresa de logística VTCLog, Raimundo Nonato Brasil.

A empresa presta serviços ao Ministério da Saúde desde 2018, e durante a pandemia ficou responsável pela distribuição de vacinas contra a Covid-19. A CPI apura se houve irregularidade nos contratos entre a VTCLog e o governo federal, e analisa a ligação da empresa com o ex-diretor de Logística da pasta Roberto Dias.

O nome da empresa apareceu pela primeira vez para a comissão quando os parlamentares decidiram investigar os contratos entre a pasta e colaboradores, após as denúncias de irregularidades que envolveram as tratativas pela venda da vacina indiana Covaxin. Após as acusações se tornarem públicas, o governo cancelou o contrato do imunizante indiano.

O requerimento de convocação destaca que uma reportagem da TV Globo, em julho passado, colocou sob suspeita um aditivo contratual firmado entre o governo federal e a empresa, e que o ex-diretor de Logística ignorou parecer da consultoria jurídica da Saúde, apontando que o contrato seria desvantajoso para a administração pública.

A análise teria recomendado ainda que a área técnica avaliasse outras alternativas, como a rescisão contratual e a realização de novo procedimento licitatório.

A CPI já tentou ouvir a diretora-presidente, Andreia Lima, que não compareceu ao depoimento alegando compromissos em São Paulo. A comissão, então, ouviu o motoboy da empresa Ivanildo Gonçalves da Silva, que sacou R$ 4,7 milhões, parte em espécie, para a VTCLog.

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Sessão da CPI da Covid-19
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Em imagens obtidas pela comissão, Ivanildo aparece em uma agência bancária fazendo pagamentos, em quatro datas entre maio e junho, que coincidem com extratos de quitação de contas de Roberto Dias. No depoimento, o motoboy confirmou que era ele que aparecia nas imagens, mas negou conhecer Dias.

Há também suspeitas entre os senadores da CPI da ligação da empresa com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).

A CPI já quebrou os sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático de Raimundo Nonato e de Ivanildo.

Diante disso, Nonato pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter direito a ficar em silêncio na CPI – e conseguiu. Na noite dessa segunda-feira (4/10), o ministro Dias Toffoli autorizou o sócio a permanecer calado para não criar provas contra si.

Prevent Senior

O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que esta deve ser a última semana de depoimentos antes da entrega do relatório final, no dia 19 de outubro. A votação deve ocorrer no dia 20.

Os senadores devem ouvir, na quarta-feira (6/10), o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Roberto Rebello, com foco na Prevent Senior. A comissão deve ouvir, na quinta-feira (7/10), o casal de médicos que trabalharam na operadora de saúde e ajudaram na elaboração do dossiê contra a empresa.

operadora, conforme revelou o Metrópoles, adotou o protocolo de administrar esses fármacos e passou dados para acompanhamento do governo federal. O padrão de uso foi desenvolvido com a ajuda de ao menos um membro do “gabinete paralelo”, que aconselhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na condução da pandemia.

Além disso, a operadora de saúde é acusada de ter coagido médicos para que aplicassem as drogas em pacientes sem o conhecimento deles ou dos familiares, e até do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). A empresa também é suspeita de ter ocultado, em estudo sobre a cloroquina, o número de mortes de pessoas em tratamento contra a Covid-19.

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