CPI oficializa à PF pedido de proteção a Luis Miranda e irmão servidor
Proteção decorre de ameaças relatadas pelas testemunhas ao presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM)
atualizado
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O comando da CPI da Covid oficializou, nesta quinta-feira (24/6), à Polícia Federal, pedido de proteção ao deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e ao irmão Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde. A dupla é esperada para depor nesta sexta (25/6), às 14h.
A proteção decorre de ameaças relatadas pelas testemunhas ao presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM).
Na quarta, o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já havia sinalizado que a comissão solicitaria proteção ao parlamentar e familiares. “As informações que o deputado está declinando à imprensa e que trará a esta CPI são de extremo interesse público. Sua vida e de sua família precisam estar resguardadas”, escreveu Randolfe, no Twitter.
Os irmãos apresentaram ao colegiado denúncias de possíveis irregularidades no contrato para a entrega de 20 milhões de doses da Covaxin.
Apurações da Procuradoria da República no Distrito Federal apontam “temeridade do risco assumido pelo Ministério da Saúde” na contratação para a compra da vacina indiana Covaxin.
Em documento, a procuradora Luciana Loureiro defende a abertura de uma investigação criminal sobre o contrato do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) com a empresa Precisa Medicamentos, produtora nacional do fármaco.
A análise é que o governo federal adquiriu doses do imunizante por valores superfaturados. O contrato em questão foi orçado em R$ 1,6 bilhão; cada unidade da vacina foi negociada por US$ 15, preço superior ao de outros fármacos vendidos no mercado internacional, a exemplo da fórmula comercializada pela Pfizer. Além disso, servidores do Ministério da Saúde relatam “pressões anormais” para a consolidação da compra.
Na avaliação do próprio presidente da CPI, o colegiado está diante de “acusações gravíssimas”. “Se tudo aquilo que está se falando for verdade, ou parte for verdade, são gravíssimas as acusações. É grave, isso é muito grave. Muito estranho isso, temos que ter muito cuidado. Talvez tenha sido a denúncia mais grave que a CPI recebeu”, disse Aziz.