CPI não vai dar em impeachment, diz Ciro Nogueira a empresários
Segundo jornal, o senador governista disse, em encontro com empresários e banqueiros de SP, que a comissão da Covid não vai dar em nada
atualizado
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A empresários e banqueiros que encontrou na quarta-feira (28/4), em São Paulo, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) assegurou que a CPI da Covid não vai dar em nada para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). E afirmou não ver chances de impeachment. As informações são da colunista Monica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
Uma das principais lideranças do Centrão, Ciro integra a CPI e é um dos defensores do governo no Senado. No encontro, o parlamentar tentou tranquilizar os convidados sobre o andamento das investigações contra o mandatário do país. Estavam presentes no evento acionistas e executivos de bancos, como Bradesco, Itaú e BTG, além de varejistas e industriais.
Segundo o jornal, Ciro disse no encontro que empresários e imprensa estão superdimensionando o papel do senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da CPI.
Para o político piauiense, ainda que o emedebista faça relatório com graves acusações contra o governo, haverá um contragolpe. Isso porque a base aliada pretende apresentar documento divergente e apostar na guerra de versões.
Mesmo na hipótese de aprovação do relatório de Renan Calheiros, Ciro acredita que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não deixará nenhum pedido de afastamento de Bolsonaro ser discutido.
O parlamentar do PP rasgou elogios ao chefe do Executivo nacional, afirmando que Bolsonaro é o político mais bem intencionado que já conheceu desde que entrou na política. Ciro já apoiou também os governos dos petistas Lula e Dilma.
Ciro estava acompanhado dos deputados Luiz Antônio Teixeira Junior (PP-RJ), o doutor Luizinho, Cacá Leão (PP-BA) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária.
CPI
Na terça-feira (27/4), o Senado Federal instalou comissão parlamentar de inquérito (CPI) que irá investigar omissões do governo no combate à Covid-19.
Os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual comandante da pasta, o cardiologista Marcelo Queiroga, serão ouvidos na próxima semana.
De acordo com o plano de trabalho apresentado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a comissão terá seis linhas gerais de investigação:
- ações de enfrentamento à pandemia;
- assistência farmacêutica;
- estruturas de combate à crise;
- colapso de saúde no Amazonas;
- ações de prevenção e atenção à saúde indígena; e
- emprego de recursos federais.