CPI: ex-secretário de Saúde do AM diz que acusações da PF não procedem
Marcellus Campêlo presta depoimento, nesta terça-feira (15/6), à Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid
atualizado
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O ex-secretário de Saúde do Amazonas Marcellus Campêlo afirmou, nesta terça-feira (15/6), que “não procedem” as acusações da Polícia Federal (PF) na quarta fase da Operação Sangria, que apura supostas irregularidades cometidas em sua gestão frente ao comando da pasta.
Campêlo disse ter sido alvo de prisão temporária fundamentada em três acusações. A primeira, o acusa de ter promovido contratações, de forma fraudulenta, no hospital Nilton Lins, em Manaus. “Não houve contratação, o que houve foi uma requisição administrativa e nenhum pagamento foi efetuado nessa requisição”, defendeu-se.
A segunda denúncia aponta irregularidades na contratação de empresas que prestariam serviços ao hospital. Sobre essa acusação, o ex-secretário afirmou que nenhuma das três empresas citadas no processo foi contratada. “Ganharam o chamamento público, mas, porque estavam envolvidas em outros processos, decidi não contratá-las”, explicou.
Ainda de acordo com Campêlo, a terceira alegação dos investigadores é de que a unidade de saúde seria inadequada para tratamento de pacientes com Covid-19. “Fizemos as readequações necessárias”, enfatizou.
Ao colegiado, ele afirmou que pediu para deixar o cargo “por questões éticas”. “Eu pedi para deixar o cargo depois do cumprimento do mandato de prisão. Acredito que por questões éticas você precisa deixar o cargo para deixar com que as investigações aconteçam, sem ser acusado de interferir nas investigações. Deixar a rede sem qualquer tipo de constrangimento”
A CPI da Covid tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.