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CPI encaminhará carta a Bolsonaro com denúncias dos irmãos Miranda

Deputado e servidor disseram ter levado suspeitas sobre compra da Covaxin ao presidente, que não teria tomado providências para apurar

atualizado

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Randolfe Rodrigues_Renan Calheiros
1 de 1 Randolfe Rodrigues_Renan Calheiros - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O grupo que coordena a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado, vai protocolar, nesta quinta-feira (8/7), uma carta endereçada ao presidente Jair Bolsonaro, com todo teor das denúncias feitas pelo deputado federal Luis Miranda e seu irmão, o servidor público de carreira do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.

A carta será protocolada no Palácio do Planalto, às 16h, por um funcionário da CPI, de acordo com o relator do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

De acordo com as denúncias apresentadas pelos dois depoentes na comissão, eles levaram ao presidente as suspeitas sobre o contrato para a compra da vacina Covaxin. Segundo os irmãos, havia pressão para a aprovação do acordo que previa cerca de 1.000% de superfaturamento no preço da dose.

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Deputado Luis Miranda (DEM-DF) e relator Renan Calheiros (MDB-AL)
Deputado Luis Miranda (DEM-DF) e
relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL)
Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros
Renan Calheiros, relator da CPI da Covid
Líder do MDB, Eduardo Braga terá dificuldade para fechar apoio unânime ao texto
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Deputado Luis Miranda (DEM-DF)

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Deputado Luis Miranda (DEM-DF) e relator Renan Calheiros (MDB-AL)

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Deputado Luis Miranda (DEM-DF) e relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL)

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Relator da CPI da Covid, Renan Calheiros

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Renan Calheiros, relator da CPI da Covid

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Líder do MDB, Eduardo Braga terá dificuldade para fechar apoio unânime ao texto

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Relator e presidente da CPI

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Luis Miranda afirmou à CPI que, quando o presidente tomou conhecimento dos detalhes do contrato e da pressão feita por sua aprovação, teria dito se tratar de um esquema liderado pelo seu líder do governo, na Câmara, deputado federal Ricardo Barros.

Essa é a fundamentação da denúncia feita contra o presidente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na qual Bolsonaro é acusado do crime de prevaricação.

Mais cedo, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que a carta exige do mandatário do país uma resposta sobre as denúncias sobre possíveis irregularidades na aquisição das vacinas indianas Covaxin.

Aziz afirmou que o documento é assinado, também, pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL) e pelo vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

“Estamos mandando uma pequena carta para o senhor para que diga se o deputado federal Luis Miranda está mentindo. A resposta que o Brasil quer ouvir é uma só. Senhor presidente, chefe desta grande nação, diga se o deputado federal Luis Miranda está mentindo. Diga que o deputado está mentindo, diga que seu líder do governo na Câmara é um homem honesto!”, disse.

Desafio

O presidente da comissão rebateu as acusações de Bolsonaro. “O presidente da República, como de costume, passou 50 minutos no cercadinho, cercado que utiliza para assacar contra a honra dos outros. De uma forma vil, me coloca como se eu tivesse desviado R$ 260 milhões. Não sei onde que ele ouviu isso.”

“Presidente, eu lhe desafio a procurar um processo que eu seja réu ou denunciado. O senhor já mandou seus agentes de informação vasculharem minha vida toda”, prosseguiu.

Aziz defendeu nunca ter atacado frontalmente o chefe do Executivo. “Nunca lhe chamei de genocida, nunca lhe acusei de ser ladrão, nunca disse que o senhor fazia ‘rachadinha’ no seu gabinete. Não é o senhor que vai parar essa CPI.”

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