CPI do 8/1: petista é interrompido e manda bolsonarista “calar a boca”; vídeo
Na sessão da CPI marcada pelo silêncio de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, os ânimos de deputados e senadores se exaltaram
atualizado
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Na sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro desta terça-feira (11/7), em que o depoente, tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ouvido na condição de investigado, adotou a estratégia do silêncio absoluto, os deputados e senadores que compõem a comissão por vezes se exaltaram e partiram para agressões verbais.
Em uma das ocasiões, o bate-boca se deu entre os deputados federais Rogério Correia (PT-MG) e o bolsnarista Nikolas Ferreira (PL-MG). Ao falar em direção a Cid, Correia teve o raciocínio interrompido e, ao se virar, direcionou-se a Ferreira e o mandou “calar a boca”. O bolsonarista reagiu.
Assista:
🎥 Durante a CPMI do 8/1, o deputado Rogério Correia (PT-MG) falava sobre a ditadura quando foi interrompido por parlamentares. Sem pensar, Rogério disse: “Cale a boca!”. Ao virar para trás, no entanto, o deputado olhou para Nikolas Ferreira (PL-MG), que se sentiu ofendido. pic.twitter.com/lIsVEuTVYv
— Metrópoles (@Metropoles) July 11, 2023
A CPMI foi marcada, nesta terça, pelo silêncio de Mauro Cid. Em 26 de junho, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o tenente-coronel seria obrigado a prestar depoimento à comissão. No entanto, ele tem o direito de ficar em silêncio e não responder a perguntas que o incriminem.
“Chamei o patrono do tenente-coronel Mauro Cid para dizer a ele que ele estava fazendo com que seu cliente descumpra uma ordem do Supremo Tribunal Federal”, disse o deputado Arthur Maia (União-BA) presidente da CPMI.
Medidas cabíveis
O depoente não respondeu aos questionamentos feitos pelos parlamentares. Em uma das perguntas, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) quis saber a idade de Cid; ele informou que permaneceria em silêncio.
“Apresentaremos uma denúncia contra o senhor Cid ao Supremo Tribunal Federal, haja vista que a ministra do Supremo determinou que, naquilo que não o incriminasse, ele tinha obrigação de responder, uma vez que ele não está aqui só como depoente, mas como testemunha. É o procedimento que ele está adotando e, obviamente, cabe à CPI adotar as medidas cabíveis”, acrescentou o presidente da CPI.