CPI do 8/1: Fufuca desiste da presidência e abre espaço para Arthur Maia
Composição da CPI Mista sobre ataques terroristas de 8/1 segue incerta e só será definida na próxima semana, diante de ofensiva governista
atualizado
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Um dos principais nomes cotados para assumir a presidência da CPI Mista sobre os atos terroristas de 8/1 no Congresso Nacional, o deputado federal André Fufuca (PP-MA, foto em destaque) anunciou nesta quinta-feira (27/4) que não tem interesse em disputar o cargo.
A “desistência” abre espaço para o deputado federal Arthur Maia (União-BA), outro representante do superbloco de 173 parlaentares formado pelo União Brasil, PP, PSB, PDT, federação PSDB-Cidadania, Avante, Patriota e Solidariedade.
“Foi com muita honra que recebi diversas manifestações de líderes indicando apoio ao meu nome para assumir a presidência da CPMI. (…) No entanto, não poderia, neste momento, assumir uma missão desse porte”, disse Fufuca, nas redes sociais, citando que já é líder do PP. Ele agradeceu nominalmente aos líderes das legendas que compõem seu bloco.
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André Fufuca é nome muito próximo a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados. Dessa forma, uma ala do superbloco, mais ligada a dissidentes do União Brasil com relação à postura do centrão de proximidade com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciou nesta semana o movimento em prol de Arthur Maia, que tem um viés mais independente.
O requerimento para instauração da CPMI foi lido nessa quarta (26/4), dando início oficialmente a disputas sobre sua formação. Ela será composta por 16 deputados e 16 senadores, mas a cota de cadeiras para os diferentes blocos do Senado ainda está sob disputa.
Na Câmara, há incertezas sobre o comportamento dos partidos considerados independentes. A principal discussão, neste momento, é qual Casa fica com a presidência e qual fica com a relatoria. Há um acordo, não previsto no regimento, de alternância.
Como o bloco de Arthur Lira é o maior da Câmara, cabe ao grupo a indicação. É na Casa Baixa onde o governo Lula encontra mais dificuldades para emplacar nomes favoráveis. Isso ocorre porque os dois grandes blocos parlamentares são heterogêneos, formados por partidos da base e independentes, que possuem em seus quadros parte da oposição.
É o caso tanto do superbloco formado PP, União Brasil, PSB, Avante, PDT, federação PSDB-Cidadania e Solidariedade, quanto do grupo formado pelo Podemos, Republicanos, PSD e MDB.