CPI de 8/1 pode atrapalhar investigações, diz Flávio Dino
Para o ministro Flávio Dino, uma CPI também atrapalharia a pauta econômica do país. “As investigações andam muito bem”, garantiu
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta sexta-feira (7/4) que considera que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos de 8 de janeiro no Congresso Nacional atrapalharia as investigações.
“Temos responsabilidade para entender que uma CPI nesse instante pode atrapalhar as investigações, pode proteger terroristas e atrapalhar a pauta que interessa ao país, a reforma tributária e o arcabouço fiscal, que são vitais para investimentos, retomada do crescimento e geração de empregos”, disse Dino em entrevista à GloboNews. “Nós temos essa visão, claro que é um tema do Congresso Nacional”, continuou ele.
Protocolado pela senadora Soraya Thronicke (União-MS), o documento chegou a reunir 42 assinaturas, no entanto, após pedido de revisão por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o número caiu para 15.
Dino lembrou que já há mais de 1,2 mil ações criminais contra os vândalos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
“Portanto, o que uma CPI a essas alturas vai contribuir, se as pessoas já estão sendo até processadas criminalmente? Há investigações também contra outros servidores, civis e militares. Eu diria que as investigações andam muito bem”.
Convites na Câmara
O titular da pasta da Justiça ainda alegou que tem feito seu papel de prestar esclarecimentos aos parlamentares.
Ele esteve na Câmara dos Deputados, para falar à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deverá ir novamente à Casa na próxima semana, desta vez a convite da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO).
Na primeira ocasião, ele tratou especialmente das ações do governo federal após os atos de 8 de janeiro e da política de controle de armas.
“Irei a todas quantas predirem esclarecimento. Essa é a minha contribuição para mostrar que o governo não tem nada a temer”, sintetizou.