CPI da Covid reconvoca Pazuello e Queiroga e chama Arthur Weintraub
Os senadores também convocaram Filipe Martins, Carlos Wizard, Markinhos Show e Luana Araújo para prestaram depoimento à comissão
atualizado
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A CPI da Covid aprovou, nesta quarta-feira (26/5), os requerimentos de reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e do ex-ministro Eduardo Pazuello (foto em destaque), além do pedido de convocação do ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub, irmão do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub.
Os senadores também convocaram o assessor da Presidência Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard, o ex-assessor de Pazuello Markinhos Show e a ex-secretária de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, Luana Araújo.
Nos depoimentos da semana passada na comissão, Pazuello apresentou diversas contradições e provocou a irritação da maioria opositora do colegiado. A reconvocação, que antes era vista como uma possibilidade, virou realidade após o general participar de ato ao lado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com motociclistas no Rio de Janeiro, sem máscara e causando aglomeração.
O depoimento de Queiroga, por sua vez, foi “pouco esclarecedor” na avaliação dos integrantes da comissão parlamentar. Atual chefe da Saúde, o cardiologista foi evasivo sobre o uso da cloroquina no tratamento de pacientes da Covid-19. Ele também não contrariou as manifestações e posicionamentos do mandatário do país e reiterou a importância da vacinação no enfrentamento da crise sanitária.
Arthur Weintraub, Wizard e Martins são suspeitos de integrarem o “Ministério Paralelo” de aconselhamento paralelo de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. Os dois últimos foram citados em depoimentos do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten.
Já Arthur Weintraub foi convocado após o Metrópoles publicar reportagem e vídeo indicando que o ex-assessor coordenou o grupo de aconselhamento paralelo de Bolsonaro.
A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com o desabastecimento de oxigênio hospitalar, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.