CPI da Covid pede que Polícia Federal apreenda passaporte de lobista
Marconny Faria está, a partir de agora, proibido de se deslocar da comarca em que se encontra sem prévia autorização
atualizado
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A CPI da Covid-19 determinou, nesta quinta-feira (2/9), que a Polícia Federal retenha, pelo período de 30 dias, o passaporte do lobista Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, acusado de fugir do depoimento ao colegiado.
Os senadores ainda aprovaram a comunicação ao Ministério Público Federal (MPF), para que o órgão tome conhecimento dos fatos.
Além disso, o depoente, a partir de agora, precisa de prévia autorização da comissão para se deslocar da comarca em que se encontra. Marconny também deverá indicar telefone e endereço para que possa ser contatado.
Marconny, no entanto, é considerado desaparecido pelo colegiado. Assim, a CPI pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) proceda à condução coercitiva. A Polícia Legislativa também está em busca do possível depoente.
“Senador Randolfe [Rodrigues, vice-presidente da CPI] vai fazer solicitações para que a gente possa agir rapidamente, porque temos informações de que ele [Marconny] quer sair do país”, informou o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM).
A realização da oitiva já havia sido ameaçada anteriormente, depois de a defesa de Marconny apresentar atestado médico do Sírio-Libanês, em São Paulo, alegando dor pélvica. Após contato da comissão com a direção do hospital, a estratégia para não depor foi desfeita.