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CPI da Covid pede que Polícia Federal apreenda passaporte de lobista

Marconny Faria está, a partir de agora, proibido de se deslocar da comarca em que se encontra sem prévia autorização

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CPI Pandemia Renan Calheiros Randolfe Rodrigues na vice-presidência e Omar Aziz 1
1 de 1 CPI Pandemia Renan Calheiros Randolfe Rodrigues na vice-presidência e Omar Aziz 1 - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

A CPI da Covid-19 determinou, nesta quinta-feira (2/9), que a Polícia Federal retenha, pelo período de 30 dias, o passaporte do lobista Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, acusado de fugir do depoimento ao colegiado.

Os senadores ainda aprovaram a comunicação ao Ministério Público Federal (MPF), para que o órgão tome conhecimento dos fatos.

Além disso, o depoente, a partir de agora, precisa de prévia autorização da comissão para se deslocar da comarca em que se encontra. Marconny também deverá indicar telefone e endereço para que possa ser contatado.

Marconny, no entanto, é considerado desaparecido pelo colegiado. Assim, a CPI pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) proceda à condução coercitiva. A Polícia Legislativa também está em busca do possível depoente.

“Senador Randolfe [Rodrigues, vice-presidente da CPI] vai fazer solicitações para que a gente possa agir rapidamente, porque temos informações de que ele [Marconny] quer sair do país”, informou o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM).

A realização da oitiva já havia sido ameaçada anteriormente, depois de a defesa de Marconny apresentar atestado médico do Sírio-Libanês, em São Paulo, alegando dor pélvica. Após contato da comissão com a direção do hospital, a estratégia para não depor foi desfeita.

O suposto lobista já foi alvo de busca e apreensão da Operação Hospedeiro, do Ministério Público Federal (MPF) do Pará.

As investigações identificaram, nos arquivos de trocas de mensagens do celular de Marconny, conversas com José Ricardo Santana, também lobista, que estava no jantar em que houve o suposto pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina.

Entre as mensagens, há menções a Danilo Trento, diretor da Precisa Medicamentos e sócio da Primarcial Holding e Participações. Também constam conversas sobre a necessidade de desidratar uma empresa concorrente, chamada Bahia Farma. A Primarcial funciona no mesmo endereço da Primares Holding e Participações, que é outra empresa de Francisco Maximiano, sócio da Precisa.

A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou “evidências de tentativa de interferência” no processo de licitação para contratação de testes de Covid-19, com a ajuda de Roberto Ferreira Dias, para beneficiar a Precisa.

“As mensagens reforçam as suspeitas sobre a atuação de Roberto Dias no Ministério da Saúde e deixam claro existir de fato um mercado interno no ministério que busca facilitar compras públicas e beneficiar empresas, assim como o poder de influência da empresa Precisa Medicamentos antes da negociação da vacina Covaxin”, diz o requerimento do vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ademais, Faria teria conhecido Santana em um jantar na casa da advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Karina Kufa, que também entrou na mira da comissão. Ela já foi convocada para depor.

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