CPI: dono da Precisa nega contato com Ricardo Barros por Covaxin
O empresário Francisco Maximiano presou depoimento à CPI da Covid nesta quinta, mas usou habeas corpus para ficar em silêncio
atualizado
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Em uma das poucas perguntas respondidas aos senadores da CPI da Covid nesta quinta-feira (19/8), o empresário Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, afirmou que não houve nenhum contato com o deputado Ricardo Barros (PP-PR) pela compra da vacina indiana contra a Covid-19 Covaxin.
Barros, líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara, é autor da emenda que facilitou a importação do imunizante indiano.
Aos parlamentares, Maximiano afirmou que a emenda apresentada era do interesse da Precisa Medicamento, que negociou a vacina com o governo, mas negou qualquer contato com o deputado.
Veja como foi:
“Respondi que sim [que era de interesse], porque ela [a emenda de Barros] tornava a Covaxin elegível também, mas não houve nenhum contato com o deputado Ricardo arros ou tampouco outro para fazer a inclusão”, afirmou.
Desde o início do depoimento, Maximiano avisou aos senadores da CPI da Covid-19 que “exerceria o direito ao silêncio”, baseado em um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Precisa, representada por Maximiano, foi a responsável no Brasil pelas negociações entre o laboratório indiano Bharat Biotech e o Ministério da Saúde em relação à vacina Covaxin. Ele é tido pelos integrantes da comissão como “personagem central” das denúncias envolvendo a compra do imunizante.
O depoimento de Maximiano à comissão foi adiado diversas vezes. O empresário também acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) tentando evitar depor à CPI. Não conseguiu, mas obteve um habeas corpus com direito de ficar em silêncio durante o depoimento.