CPI da Covid encerra sessão sem acordo por convocação de Wajngarten
Convocação do ex-secretário especial de Comunicação Social voltará a ser sugerido para convocação em sessão que ocorrerá em 11 maio
atualizado
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A sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid desta quinta-feira (29/4) terminou sem acordo entre os senadores para a convocação do ex-secretário especial de Comunicação Social Fábio Wajngarten. O nome de Wajngarten voltará a ser sugerido para convocação em sessão que ocorrerá em 11 maio.
Para o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), a ida do ex-secretário do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é “imprescindível”. “Assim como a presença da Pfizer”, completou.
No primeiro bloco da sessão, os senadores aprovaram a convocação, para próxima terça-feira (4/5), dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do general Eduardo Pazuello, na quarta (5/5).
O atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, encerram as oitivas, na quinta-feira (6/5).
Mais tenso, o segundo bloco da comissão ficou restrito a análise dos requerimentos solicitando informações do governo federal, autoridades sanitárias e órgãos públicos sobre medidas de enfrentamento no combate da pandemia do novo coronavírus. Houve bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Marcos Rogério (DEM-RO).
Segundo o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), mesmo com a discussão em torno dos requerimentos, todos os 310 pedidos de informação foram aprovados pelos senadores.
“Todos os requerimentos de informação foram aprovados. É baseado nessas informações que se começa a fazer os questionamentos nas audiências e convocações”, acrescentou.
Quem foi provocado terá cinco dias úteis para fornecer os esclarecimentos solicitados pela comissão parlamentar do Senado.
Requerimentos encomendados
Os senadores não apreciaram os requerimentos de convocação produzidos pelo Palácio do Planalto aos senadores da base aliada do governo federal, que integram o corpo do colegiado.
Segundo noticiou O Globo, o Executivo produziu para senadores governistas o pedido de convocação de cinco especialistas associados à defesa do chamado “tratamento precoce” ou a críticas ao lockdown.
Os documentos registrados na comissão mostram que em sete arquivos protocolados pelos parlamentares Ciro Nogueira (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC) constam o nome de uma assessora da Secretaria Especial de Assuntos Parlamentares (SEAP), vinculada à Secretaria de Governo da Presidência da República.
A pasta é responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso.
As informações estão presentes nos chamados “metadados” dos arquivos protocolados no Senado pelos parlamentares. Eles funcionam como uma espécie de RG de cada arquivo em um computador, e apresentam a data e o horário em que um arquivo foi criado, modificado, além do nome do autor.