CPI da Covid dá como certa corrupção no caso Davati, diz Omar Aziz

O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, na manhã desta terça-feira (10/8), que o colegiado já tem indícios para responsabilizar os envolvidos na denúncia da Davati Medical Supply por corrupção no relatório final da comissão.

Aziz também afirmou que o depoimento do tenente-coronel Helio Bruno, presidente do Instituto Força Brasil, maracado para esta terça-feira, será o último envolvendo o caso.

Na avaliação do comando da CPI, não será possível provar se houve ou não pedido de propina de US$ 1 por dose que viria a ser comercializada pelo Ministério da Saúde com a empresa. A proposta teria partido do então diretor de logística da pasta, Roberto Ferreira Dias.

Em depoimento, Dias negou o episódio, enquanto o vendedor Luiz Paulo Dominguetti reforçou a denúncia. Todos os demais depoentes também negaram terem tido conhecimento do suposto pedido.

“Olha, nós não temos como provar porque não temos nenhuma gravação, mas que existe sério indício, existe. Os indícios falam muito mais forte”, explicou Aziz.

O presidente defendeu que um dos pontos que estará no relatório final da comissão é a facilidade dos representantes da empresa e demais envolvidos em conseguir agendar reuniões de última hora com servidores da Saúde, incluindo o então secretário executivo Elcio Franco.

“O que nós temos de concreto é que a Davati esteve no ministério e participou de reuniões. A facilidade com que o Ministério da Saúde recebia essas pessoas é algo assustador, algo inimaginável. Entravam lá sem marcar audiência, as portas eram abertas”, enfatizou.