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CPI da Covid começa a definir plano de trabalho nesta quinta-feira

Segunda reunião do colegiado deve estipular primeiras convocações. Enquanto isso, Renan Calheiros está na mira de senadores governistas

atualizado

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Edilson Rodrigues/Agência Senado
CPI da Covid
1 de 1 CPI da Covid - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid se reúne nesta quinta-feira (29/4), a partir das 9h, para analisar o plano de trabalho do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Instalada na terça-feira (27/4), a comissão é presidida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM) e tem prazo inicial de funcionamento de 90 dias.

Na reunião de instalação, o relator antecipou que pretende pedir a convocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dos três últimos titulares da pasta: o general Eduardo Pazuello e os médicos Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta.

Também devem ser solicitadas informações sobre contratações e tratativas para a aquisição de vacinas. Renan Calheiros já adiantou que deve pedir ao Poder Executivo registros sobre medicamentos sem eficácia comprovada, o chamado “tratamento precoce” – propagado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Requerimentos

Até a manhã desta quinta-feira, mais de 280 requerimentos já foram apresentados. Há pedidos de convocação de outros ministros do governo: Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).

Senadores também pedem a convocação de ex-auxiliares, como Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, e Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República.

Ernesto Araújo deve ser ouvido sobre o processo de aquisição de insumos e vacinas no mercado internacional quando comandava o Itamaraty. Já Wajngarten pode prestar esclarecimentos sobre entrevista que concedeu à revista Veja na qual afirmou que houve “incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de imunizantes.

Há ainda um pedido para a convocação do ex-comandante do Exército Edson Pujol. Durante a gestão do general, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também figura entre os potenciais convocados. Ele deve falar sobre análise e registro de imunizantes, falhas no planejamento de fornecimento de insumos básicos, como oxigênio e medicamentos, e outras ações de vigilância sanitária.

Um requerimento à Presidência da República solicita informações sobre os deslocamentos de Bolsonaro pelo comércio de Brasília e entorno do Distrito Federal desde março do ano passado. Além de datas e locais frequentados, pede-se uma planilha com listagem de todas as autoridades envolvidas nas movimentações.

Estratégia governista

Senadores aliados ao Palácio do Planalto apresentaram requerimentos de convocação e pedidos de informação para apurar supostos desvios de recursos repassados pela União a estados e municípios.

Entre as autoridades que podem ser convocadas, estão representantes do Fórum dos Governadores e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, além do prefeito de Manaus (AM), David Almeida, e do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.

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Plenário da CPI
Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros e Omar Aziz: parte do G7 da CPI da Covid-19
Vice-presidente e presidente da comissão
Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI
Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI
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Reunião de instalação da CPI da Covid, no Senado Federal

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Plenário da CPI

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Randolfe Rodrigues, Renan Calheiros e Omar Aziz: parte do G7 da CPI da Covid-19

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Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI

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Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI

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Relatoria contestada

Na quarta-feira (28/4), três senadores governistas entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir a suspensão do ato que colocou o senador Renan Calheiros na comissão.

Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO) lembram que o emedebista é pai do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB) e, por isso, os trabalhos do senador à frente da CPI podem levar a comissão ser “eivada de desconfiança”.

O ministro Ricardo Lewandowski vai relatar a ação movida pelos três parlamentares.

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