CPI da Covid avalia condução coercitiva de empresário Carlos Wizard
Empresário atua nos bastidores para evitar depoimento ao colegiado. Atualmente, Wizard está morando nos Estados Unidos
atualizado
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O comando da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid avalia a possibilidade de conduzir, coercitivamente, o empresário Carlos Wizard a prestar depoimento na condição de testemunha ao colegiado. Ele é apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete paralelo” – grupo que assessorava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre medidas de combate à pandemia.
A alternativa foi ventilada diante das tentativas do empresário de evitar seu depoimento à comissão. A informação foi noticiada com exclusividade pelo Metrópoles. Um amigo de Wizard teria, inclusive, ligado ao presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), para tentar demover o colegiado da realização da oitiva.
Wizard mora em Orlando, na Flórida (Estados Unidos) e, por isso, alega que não poderia comparecer ao colegiado para prestar depoimento. O presidente da CPI, porém, tem dito nos bastidores que o empresário terá de comparecer de qualquer jeito, pois foi convocado, e não convidado.
Nesta quinta-feira (10/6), a comissão parlamentar aprovou requerimento de quebra de sigilos telefônico e telemático do empresário. A proposta partiu de pedido do senador Alessandro Vieira (SE).
O nome do empresário foi citado por diversas vezes entre os depoentes. O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello chegou a dizer que oferecera um cargo na pasta a Wizard, mas que ele teria recusado.