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CPI da Covid adia depoimento de ex-secretário de Saúde do DF

Para a data, a comissão marcou oitiva com o empresário José Ricardo Santana, que estava no jantar do suposto pedido de propina por vacinas

atualizado

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HUGO BARRETO
Francisco Araújo
1 de 1 Francisco Araújo - Foto: HUGO BARRETO

A CPI da Covid-19 decidiu adiar, para a próxima semana, o depoimento do ex-secretário de Saúde do Distrito Federal Francisco Araújo. A informação foi divulgada pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM).

Aziz alegou que a oitiva com o ex-secretário foi adiada em razão de “uma questão urgente”. O senador, contudo, não detalhou qual depoimento o teor da urgência do comando do colegiado. Para a data, a comissão marcou oitiva com o empresário José Ricardo Santana.

Santana foi citado pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias como sua companhia no jantar de suposto pedido de propina de US$ 1 por doses de vacinas ofertadas pela Davati Medical Supply ao governo federal.

Falso Negativo

Francisco Araújo foi preso em 25 de agosto, no âmbito da Operação Falso Negativo, enquanto era secretário de Saúde. Depois, foi afastado e exonerado do cargo público.

A CPI da Covid quer, com a oitiva do ex-secretário, detalhar como foi a participação da Precisa Medicamentos, também alvo das investigações, na compra de 150 mil testes de Covid-19 a um valor de quase R$ 21 milhões.

A suspeita é que a compra tenha sido superfaturada, visto que a marca dos kits entregues ainda no ano passado para a Secretaria de Saúde foi diferente da acordada em contratos.

O ex-gestor e outras 14 pessoas viraram réus, acusados de organização criminosa, inobservância nas formalidades da dispensa de licitação, fraude à licitação, fraude na entrega de uma mercadoria por outra (marca diversa) e peculato (desviar dinheiro público).

O prejuízo estimado aos cofres públicos, com atualizações monetárias e danos causados pela ação do grupo, é de R$ 46 milhões. Somente com possíveis fraudes em contratos para compra de testes da Covid-19, o MPDFT calcula dano de R$ 18 milhões ao erário.

Em dezembro, a 1ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) manteve as medidas cautelares fixadas contra Francisco Araújo, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica. Ele também ficou impedido de se comunicar com qualquer integrante da Secretaria de Saúde.

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