CPI da Covid-19 remarca depoimento de sócio da Precisa para agosto
Francisco Maximiano seria ouvido nesta quarta-feira (14/7), mas o presidente da comissão, Omar Aziz, adiou para depois do recesso
atualizado
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O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), avisou, nesta quarta-feira (14/7), que o depoimento do sócio da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, marcado para hoje será remarcado para agosto, após o recesso parlamentar. Assim, apenas a diretora técnica da empresa, Emanuela Medrades, será ouvida nesta quarta-feira.
“Nós ouviremos hoje a senhora Emanuela e marcaremos para agosto a vinda do senhor Maximiano para ser ouvido. Não há como ouvir as duas pessoas hoje, até porque o número de inscritos é grande. Eu vou comunicar os advogados também. Só vamos ouvir o senhor Maximiano em agosto”, disse Aziz.
Esta é a terceira vez que o empresário tem o depoimento desmarcado. A participação de Maximiano seria em 23 de junho, mas os advogados avisaram na véspera do depoimento que ele estava em quarentena por causa da Covid-19 após retornar da Índia. Posteriormente, a direção suspendeu a oitiva do dia 1° de julho, pois, no dia anterior, ele conseguiu um habeas corpus no STF concedendo-lhe o direito de ficar em silêncio.
Maximiano é sócio da Precisa, empresa que intermediou as negociações entre o Bharat Biotech e o Ministério da Saúde. A transação está envolta em suspeitas de irregularidades em relação à tentativa de recebimento adiantado, alto valor das doses e “pressão atípica” de membros do governo.
Emanuela Medrades
Blindada por uma habeas corpus, Emanuela Medrades se negou as responder as perguntas no depoimento dessa terça-feira (13/7). A CPI, então, questionou o Supremo Tribunal Federal (STF) os limites do HC e, ao receber a informação da Corte que caberia à comissão defini-los, retomou a sessão na noite da terça, mas a diretora pediu adiamento de 12 horas, alegando estar “exausta”.
O objetivo da convocação dos representantes da Precisa é investigar e esclarecer detalhes do potencial beneficiamento da Bharat Biotech e da empresa intermediária no processo de aquisição de compra da vacina indiana Covaxin pelo Ministério da Saúde.