CPI aprova acesso a contrato de empréstimo entre BNDES e usina de Bumlai
Os deputados querem ter acesso aos contratos e aos detalhes do empréstimo feito pelo amigo do ex-presidente Lula
atualizado
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A CPI do BNDES aprovou na manhã desta quinta-feira (5/11), a transferência de sigilo dos dados referentes à operação feita pelo banco de desenvolvimento com a Usina São Fernando Açúcar e Álcool, do pecuarista José Carlos Bumlai. Os deputados querem ter acesso aos contratos e aos detalhes do empréstimo feito pelo amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A usina de Bumlai, em Dourados (MS), teria recebido do BNDES um empréstimo de R$ 101,5 milhões em 2012 após ter pedido falência à Justiça um ano antes. O requerimento aprovado não trata de quebra de sigilo das informações da operação e sim do acesso dos parlamentares aos contratos confidenciais.A comissão não conseguiu deliberar sobre a convocação de Bumlai. A pauta continha requerimentos para convocação do pecuarista mas, com o início da ordem do dia, não foi possível colocar os pedidos em votação.
Palocci
A base aliada ao governo se articulou para impedir a convocação do ex-ministro Antonio Palocci pela CPI dos BNDES. Ele comandou a Fazenda, no governo Lula, e a Casa Civil, durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
Palocci prestou consultorias para empresas que fizeram contratos de financiamento com o BNDES, como o Grupo Caoa. Relatório do Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que o ministro movimentou em duas contas R$ 216,2 milhões, entre 2006 e março deste ano.
No caso da convocação de Palocci, não chegou haver votação nominal, quando há contagem de votos de cada deputado. Isso não foi obrigatório porque o presidente da CPI, Marcos Rotta (PMDB-AM), havia acabado de fazer uma verificação de votos em que o governo vencera por 17 a 6.