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Covid-19: “Não há a menor possibilidade de faltar seringas”, diz Pazuello

Na semana passada, Ministério da Saúde abriu licitação para a compra de 331 milhões de seringas e agulhas, mas conseguiu apenas 7,9 milhões

atualizado

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Pazuello na live de Bolsonaro
1 de 1 Pazuello na live de Bolsonaro - Foto: Reprodução

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (7/1) que “não há a menor possibilidade de faltar seringas” para a vacinação da população contra a Covid-19. A declaração foi feita durante a transmissão ao vivo nas redes sociais feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) todas as quintas.

“Fizemos a suspensão temporária das exportações para preservar nosso mercado. E em comum acordo com as empresas, fizemos requisições administrativas, o que nos dá tranquilidade de ter o estoque regulador de 38 milhões de seringas. Existem, nos municípios hoje, mais de 60 milhões de seringas. Não existe a menor chance de faltar seringas”, disse o ministro.

Na semana passada, o Ministério da Saúde abriu uma licitação para a compra de seringas e agulhas, com vistas à imunização da população contra a Covid-19. O pregão da pasta previa a compra de 331 milhões de seringas, mas as empresas que demonstraram interesse garantiram a entrega de apenas 7,9 milhões.

Na quarta (6/1), em uma publicação nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro acusou fabricantes de seringas de terem aumentado os preços e afirmou que, por esse motivo, o governo federal suspendeu a compra do produto.

Volta à normalidade

“O Brasil consome 300 milhões de seringas por ano. Também somos um dos maiores fabricantes desse material. Como houve interesse do Ministério da Saúde em adquirir seringas para seu estoque regulador, os preços dispararam, e o ministério suspendeu a compra até que os preços voltem à normalidade”, escreveu.

Mais tarde, o presidente afirmou que o Brasil tem seringas suficientes para as primeiras duas milhões de doses que o país vai receber da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca (leia mais abaixo).

“Nós fizemos um leilão e o preço foi lá pra cima. Então nós suspendemos. Agora, temos seringas suficientes para as primeiras duas milhões de doses que vão chegar. Agora, se a gente compra o preço lá em cima, a imprensa ia me acusar de ser corrupto e com o preço superfaturado. Então foi suspenso. E o Brasil, se eu não me engano, é o terceiro maior fabricante de seringas. Então não tem problema”, disse o presidente a apoiadores, no Palácio da Alvorada.

Também na quarta, o Ministério da Economia anunciou a redução a zero do imposto de importação de agulhas e seringas para uso na vacinação contra a Covid-19. A medida torna mais barata a compra desses produtos do exterior e vale até junho.

Importação de doses

Na terça (5/1), o Ministério das Relações Exteriores conformou que o Brasil irá importar 2 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas na Índia. Segundo o governo, a data provável de entrega será a partir de meados do corrente mês de janeiro.

No dia anterior, o Instituto Serum, responsável pela fabricação do imunizante na Índia, informou que o governo do país havia proibido as exportações da vacina, sob o argumento que o imunizante produzido no país seria para assegurar, em primeiro lugar, a vacinação da população indiana.

Depois, porém, nesta terça, o Instituto Serum prometeu “uma implantação tranquila das vacinas na Índia e no mundo”.

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