Covas diz que houve “tratamento diferente” para Butantan e Fiocruz
Diretor do Butantan disse aos senadores que, para a aquisição das vacinas, pediu as mesmas condições que a outra instituição teve
atualizado
Compartilhar notícia
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou, nesta quinta-feira (27/5), que o governo federal deu tratamento diferente ao Butantan e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em relação às vacinas Coronavac e Oxford/AstraZeneca, respectivamente.
O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO) perguntou a Covas se seria pertinente a União comprar a vacina antes de ter informações sobre o produto. Covas, então, disse que foi isso que ocorreu com a Fiocruz, que desenvolve a fórmula da farmacêutica AstraZeneca no Brasil.
“A única diferença, senador [Marcos Rogério], é que a AstraZeneca foi contratada em agosto e no mesmo patamar: não existia informações em relação às vacinas. Então, os tratamentos ocorreram de forma diferente: uma foi contratada e recebeu os recursos. Nós pedimos a contratação nos mesmos moldes, inclusive, com fornecimento de recursos para apoio aos estudos clínicos e reforma”, declarou Covas à CPI da Covid.
“Existem duas formas de entender a vacina: uma, com o contratado por medida provisória, e outra vacina, com outro instituto tão importante, que não foi feito na mesma oportunidade”, acrescentou.
A Coronavac é desenvolvida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Dimas Covas é o décimo depoente do colegiado. Antes dele, a comissão parlamentar ouviu a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.
Os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.
O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimento.