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Covas: Butantan pode entregar 40 mi de doses da Butanvac até dezembro

Diretor do Butantan disse que ainda não iniciou tratativas com o Ministério da Saúde, mas Anvisa já está em processo de análise da vacina

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1 de 1 Dimas Covas_CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse, nesta quinta-feira (27/5), que há a expectativa de concluir os estudos clínicos da vacina Butanvac e, após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluir o processo de análise, disponibilizar “40 milhões de doses” ainda neste ano.

Covas explicou que ainda não há negociação com o Ministério da Saúde para a compra do imunizante, mas que já foi apresentada ao ministro Marcelo Queiroga.

“Se tudo acontecer como planejado, no último trimestre de 2021, num quantitativo que pode ser minimamente de 40 milhões de doses. Quer dizer, nós temos condições de produção, nesse momento, até de mais. Estamos produzindo 6 milhões. Vamos produzir 18 milhões até julho, em risco. Vamos produzir a vacina e aguardar os resultados do estudo clínico. Sendo aprovado, nós já vamos estar com a vacina pronta para fornecer ao Brasil”, disse.

O diretor, todavia, destacou que há um processo em andamento na Anvisa. “Está na fase final, acredito eu, de aprovação do início do estudo clínico. Estudo clínico já programado. Logo que houver essa aprovação, iniciaremos, muito rapidamente, esse estudo clínico, porque acho que há um senso de urgência muito grande aqui”, afirmou.

“Então, o Butantan já tem essa vacina em produção, tem condições de produzir um grande volume dessa vacina, mas nós precisamos ter também a agilidade dos outros parceiros, no caso aí a Anvisa e, eventualmente, o ministério, no apoio ao desenvolvimento”, acrescentou.

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Diretor do Butantan, Dimas Covas, em depoimento na CPI da Covid
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Dimas Covas é o décimo depoente do colegiado. Antes dele, a comissão parlamentar ouviu a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro.

Os senadores ouviram os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, além do atual chefe da Saúde, Marcelo Queiroga.

O ex-chanceler Ernesto Araújo, o gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, também prestaram depoimento.

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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