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Cotado para assumir Saúde, Mandetta é investigado por esquema ilícito

Deputado federal teria realizado licitação, quando era secretário estadual, para beneficiar empresas em troca de viagem a Portugal

atualizado

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1 de 1 mandetta - Foto: Divulgação

Uma polêmica envolvendo o nome de um dos possíveis ministros do governo de Jair Bolsonaro foi divulgada nesta terça-feira (13/11). O deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), cotado para assumir o Ministério da Saúde, é investigado por suspeita de ter favorecido duas empresas em um contrato de R$ 9,9 milhões assinado com a Secretaria de Saúde de Campo Grande (MS). À época, o parlamentar comandava a pasta no governo estadual. A informação é do jornal O Globo.

De acordo com a reportagem, as duas empresas beneficiadas são a Telemídia e a Alert. No inquérito, instaurado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), consta uma suposta viagem de Mandetta a Portugal, em 2010, como um indício de sua relação com as companhias citadas – que teriam arcado com os custos da estadia na Europa.

Mandetta foi secretário na capital sul-mato-grossense entre 2005 e 2010. Segundo o inquérito, revelado nesta terça pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, já no final de sua gestão, a secretaria realizou uma licitação para implementar um sistema de informática na repartição. A partir dessa medida, a Telemídia teria sido favorecida: ganhou o contrato na pasta, mesmo não tendo sido a primeira colocada na disputa.

De acordo com o Globo, além de desclassificar a empresa vencedora, Mandetta teria usado sua influência para garantir a subcontratação da Alert pela Telemídia, ignorando regras contratuais que impediam o negócio.

Rodrigo Janot, então procurador-geral da República, citou a relação da viagem de Mandetta pela Europa com o contrato milionário das duas companhias na Secretaria de Saúde, ao pedir a quebra de sigilo do parlamentar e dos envolvidos, em 2016.

Além da viagem, a PGR investiga se as empresas que ganharam contrato milionário da gestão de Mandetta também ajudaram a pagar despesas de campanha do então secretário com um táxi-aéreo, em 2010, quando o potencial ministro de Bolsonaro se elegeu deputado federal, com quase 79 mil votos.

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