Coronavírus: Ministério da Saúde pede que população faça máscaras
Secretário-executivo da pasta, João Gabbardo, fez apelo para que os produtos sejam destinados majoritariamente a profissionais de saúde
atualizado
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O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, recomendou nesta terça-feira (24/03) que a população faça, em casa, máscaras de prevenção contra o novo coronavírus. O objetivo, segundo ele, é garantir que os produtos que estão no mercado possam ser destinados aos profissionais de saúde.
“Faz com pano. Quem não tem outra alternativa, faz com pano, pega um tecido, coloca um elástico. É uma barreira física para que não haja disseminação de gotículas que possam contaminar outras pessoas”, explicou o secretário.
“Vamos deixar as máscaras que têm registro, que são aprovadas pela Anvisa, para serem utilizadas por hospitais e pelos profissionais da área da saúde”, completou ele.
Segundo os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza 2.201 casos confirmados e 46 mortes por Covid-19, doença causada pelo coronavírus. Por causa da epidemia, a indústria vem tendo dificuldade para entregar o número suficiente de máscaras e elas já estão em falta em várias cidades desde fevereiro.
Gabbardo também lembrou, durante coletiva de imprensa, exemplos de um hospital no Distrito Federal que está produzindo máscaras e do governo de São Paulo, que vai colocar presidiários para fazê-las.
Não faz mágica
“O Ministério vai fazer o que é possível: comprar toda a produção nacional, apreender todos os que tentarem exportar máscaras, vai tentar comprar o máximo de máscaras no mundo. Agora, o Ministério da Saúde não faz mágica. As outras alternativas: criatividade. Produção nos estados e municípios, nos hospitais e até mesmo no domicílio”, observou.
De acordo com o secretário, já casos de apreensão de máscaras em todo o país: em Santa Catarina, foram apreendidas 5 milhões delas nessa segunda-feira (23/03) e estão previstas 71 apreensões com a Receita Federal nesta quarta-feira (25/03).