Coronavírus: Mandetta diz que não “apontará dedo” para Bolsonaro
Ministro da Saúde criticou jornalistas por comparecerem a coletivas de imprensa e disse que combate ao coronavírus tem de ser “coletivo”
atualizado
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Questionado sobre o comportamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas manifestações do último domingo (15/03), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que “não apontará dedos” e que o combate ao novo coronavírus vai depender “mais do comportamento coletivo”. Depois de ser pressionado, ele criticou a imprensa, dizendo que jornalistas aglomerados em entrevistas coletivas “estão muito longe de ter um comportamento recomendável”.
“A primeira coisa que o presidente fez foi deixar o Ministério da Saúde trabalhar. Não analiso atitude individual, mas sim a sociedade como um todo”, declarou.
Ele também questionou as críticas ao comportamento do presidente, dizendo que “praias estavam lotadas” e que muitos mantiveram compromissos sociais, apesar do risco do novo vírus. “A praia estava superlotada no Rio de Janeiro, os bares do Leblon estavam lotados”, afirmou.
Bolsonaro causou polêmica no último fim de semana por, mesmo em quarentena, cumprimentar apoiadores que participavam de ato pró-governo e anti-Congresso em frente ao Palácio do Planalto. Durante mais de uma hora e depois de recomendar, em rede nacional, que as manifestações fossem adiadas, ele pegou na mão de várias pessoas e tirou selfies com os celulares delas.