Coronavírus: Bolsonaro tende a pedir adiamento de ato, diz Kicis
Pelo Twitter, deputada federal Bia Kicis afirmou que ideia seria “preservar a população mais vulnerável”
atualizado
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A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) afirmou, nesta quinta-feira (12/03), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avalia pedir que os atos pró-governo do dia 15 de março sejam adiados. A manifestação seria em pronunciamento em rede nacional à noite. “Ele tem ouvido apoiadores e organizadores e ponderado sobre a importância de preservar a população mais vulnerável, os idosos, sempre presentes”, escreveu ela no Twitter.
Bia é uma das responsáveis pelas manifestações pró-governo do próximo dia 15 de março e, desde a última quarta-feira (11/03), mudou seu posicionamento a respeito dos atos. Inicialmente, ela disse ao Metrópoles que eles estariam mantidos, mas voltou atrás nesta quinta-feira depois de conversar com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Atento à situação do coronavírus o Presidente @jairbolsonaro está tendente a falar aos brasileiros e pedir q adiem as manifestações. Ele tem ouvido apoiadores e organizadores e tem ponderado sobre a importância de preservar a população mais vulnerável, os idosos,sempre presentes.
— Bia Kicis (@Biakicis) March 12, 2020
Vídeo
Na quarta-feira, Bia criticara o decreto do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que proibiu aglomerações por causa do coronavírus, afirmando que a decisão não tinha força para conter os atos, garantidos constitucionalmente. Em vídeo transmitido ao vivo pelo Facebook, a parlamentar afirmou que tanto os manifestantes do DF quanto do restante do país estão amparados legalmente para sair às ruas no domingo.
“Manifestação não depende de alvará, não depende de autorização do poder público. É uma garantia dos direitos humanos em nível constitucional e não tem decreto nesse mundo que possa nos impedir de ir às ruas”, declarou ela.
Bia pontuou ainda que a única condição para as manifestações, por questões de segurança, é que elas sejam previamente comunicadas ao estado. “É comunicação, não é pedido. E o poder público não pode dizer não.”
O poder público poderia intervir, avaliou ela, apenas se já houvesse outro ato marcado para a mesma data, horário e local, o que, destacou, não é o caso. As manifestações de oposição, alegou, já estão marcadas para a quarta-feira seguinte (18) — “porque esse povo não trabalha mesmo, gosta de fazer arruaça, balbúrdia, de pixar prédio público, gostam de fazer durante a semana porque não têm trabalho mesmo“, disparou a deputada.