Convocação de Karina Kufa à CPI criminaliza a própria advocacia, diz defesa
Advogada do presidente Jair Bolsonaro entrou na mira da comissão por ligação com lobistas da Precisa Medicamentos
atualizado
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Os advogados André Callegari, Ariel Weber e Luciana Pires, defensores da advogada Karina Kufa, alvo da CPI da Covid-19, disseram nesta quinta-feira (2/9) que a convocação dela pelo colegiado “criminaliza o próprio exercício da advocacia”.
“A convocação da doutora Karina Kufa é uma tentativa de constranger uma advogada em razão dos clientes que defende. Toda a menção que tem sido feita a ela vem acompanhada da qualificação ‘advogada do presidente [Jair Bolsonaro]'”, diz a nota.
“O requerimento de convocação da doutora Karina criminaliza o próprio exercício da advocacia. No caso de insistência em tal convocação, a defesa tomará todas as medidas judiciais cabíveis contra tamanho constrangimento ilegal”, acrescenta
Karina, que é advogada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), entrou na mira da comissão, após o colegiado obter trocas de mensagens de Marconny Faria, lobista da Precisa Medicamentos, e do depoimento de José Ricardo Santana, também lobista da mesma empresa. Eles teriam se conhecido em um jantar na casa da advogada. Faria não compareceu ao depoimento nesta quinta-feira.
Callegari e Luciana Pires também representam o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente, no caso em que ele é acusado da prática de peculato.