Conversa sobre fusão entre PSL e DEM serão retomadas após 7 de setembro
O ministro Onyx Lorenzoni tenta garantir no RS um palanque para Bolsonaro, condição imposta para permanecer no DEM
atualizado
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Os dirigentes do PSL e do DEM pretendem retomar conversas, logo após o feriado de 7 de setembro, para uma possível fusão entre as duas legendas. De acordo com lideranças dos dois partidos, as siglas deram início a uma série de sondagens dos diretórios estaduais com o objetivo de definir a viabilidade da união.
Enquanto líderes do PSL chegam a falar em um anúncio do novo partido para 21 setembro, no DEM, a informação é de que o diálogo é “preliminar”.
As conversas tiveram início há cerca de um mês. O presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), se reuniu com o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), encontro que contou com a presença do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). A princípio, a ideia de fusão também envolvia o PP, mas integrantes das legendas apontam que a ideia não prosperou.
Caso a junção se concretize, a nova sigla terá a maior bancada na Câmara, com 81 deputados, além de 7 senadores.
“É preciso ver todos os estados”, disse o deputado Efraim Filho (PB) que apontou que as conversas estão longe de ser conclusivas. “Nesse momento, de início de diálogo, a situação local tem muito mais proeminência e protagonismo que a posição nacional”, enfatizou.
Palanque no RS
Outro problema a ser equacionado para uma possível fusão entre as duas siglas seria o posicionamento no âmbito nacional.
O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), chegou a ameaçar deixar a legenda caso o partido optasse por não apoiar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.
De acordo com lideranças do DEM, Onyx apresentou ainda um pedido de autonomia para montar o apoio a Bolsonaro no Rio Grande do Sul, onde controla a legenda, mesmo se o possível novo partido optasse por uma posição independente do atual presidente, ou até mesmo na defesa de um candidato próprio.
Uma das possibilidades seria o novo partido encampar a candidatura à Presidência da República do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Onyx, que pretende se candidatar ao governo do estado, recebeu do partido a garantia de que não haveria interferência da direção nacional, o que fez com que ele permanecesse na legenda até o momento.