Contribuição do Brasil será entregar terroristas, diz Bolsonaro
Presidente comentou nota emitida pelo Ministério das Relações Exteriores e citou até mesmo médicos cubanos
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta segunda-feira (06/01/2020) que o Brasil adotará a postura de entregar qualquer terrorista que estiver no país para colaborar com o “combate ao terrorismo”.
“Se tiver terrorista no Brasil vai ser entregue. Não interessa a sua nacionalidade”, afirmou o presidente ao comentar a nota emitida pelo Ministério de Relações Exteriores sobre o ataque dos Estados Unidos contra um alto militar iraniano em Bagdá, no Iraque.
Ao citar quem se enquadraria no conceito de terrorista, Bolsonaro apontou médicos cubanos que colaboraram com o programa Mais Médicos. “Assim como os cubanos, médicos, entre aspas, saíram antes de eu assumir. Sabiam que eu ia entregar os caras. Um montão de terrorista no meio deles. Essa ‘esquerdalha’ começa nos lugares mais pobres, usam da boa fé deles para vender a sua política”, disse o presidente, que mencionou também o caso de Cesare Battisti.
Esforços
Após um ataque dos Estados Unidos ao Iraque na última quinta-feira (02/01/2020), o Itamaraty publicou um comunicado e disse que o Brasil está “pronto a participar de esforços internacionais que contribuam para evitar uma escalada de conflitos neste momento”.
Questionado se o Brasil também poderia enviar tropas para eventual combate, o presidente respondeu: “Não, que tropas?”. Sem dar detalhes, o presidente também afirmou que houve uma reunião em São Paulo nesse domingo (05/01/2020) de apoiadores do Irã no conflito contra os EUA.
“Não vou falar nada. Tenho informações, mas não vou falar. Está em análise. As informações têm de ser processadas, ou melhor, os informes”, disse.