Contrariando Bolsonaro, senadores assinam nota pelo isolamento
A manifestação tem apoio inclusive dos líderes do governo no Congresso e no Senado, Eduardo Gomes (MDB-TO) e Eduardo Bezerra (MDB-PE)
atualizado
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Na contramão do que vem sendo pregado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), líderes do próprio governo e dos partidos representados no Senado Federal emitiram nota, nesta segunda-feira (30/03), reforçando as orientações de isolamento por causa da pandemia do novo coronavírus.
Assinado por 15 senadores, o documento ressalta que o posicionamento segue recomendações do Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A experiência dos países que estão em estágios mais avançados de disseminação da doença deixa claro que, diante da inexistência de vacina ou de tratamento médico plenamente comprovado, a medida mais eficaz de minimização dos efeitos da pandemia é o isolamento social”, afirmam.
A quarentena, defendem, é necessária para “achatar a curva”, ou seja, para conter o aumento no número de infectados, de casos da doença Covid-19, causada pelo vírus. Assim, sustentam, diminui-se a pressão sobre o sistema de saúde e consegue-se, evitar que ainda mais mortes ocorram.
O isolamento, contudo, não isenta, afirmam os líderes, o Estado da sua obrigação de assistir a população. “Ao Estado cabe apoiar as pessoas vulneráveis, os empreendedores e segmentos sociais que serão atingidos economicamente pelos efeitos do isolamento”, completa o texto.
Assinaram o documento os líderes do Governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), e no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE); o líder do MDB e da Maioria, Eduardo Braga (AM); da Rede e da Minoria, Randolfe Rodrigues (AP); do PT, Rogério Carvalho (SE); do Podemos, Álvaro Dias (PR); do Cidadania, Eliziane Gama (MA); do DEM, Rodrigo Pacheco (MG); do PDT, Weverton Rocha (MA); do PSB, Leila Barros (DF), do PSD, Otto Alencar (BA); do Pros, Telmário Mota (RR); do PSL, Major Olimpio (SP); e do Bloco Independente, Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB).