Consignado do INSS: governo faz nova reunião sobre o teto de juros
Ministros da Fazenda, da Casa Civil e da Previdência tentam acordo sobre o teto da taxa de juros para o crédito consignado do INSS
atualizado
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Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Previdência, Carlos Lupi, e do Trabalho, Luiz Marinho, além da secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, se reúnem na manhã desta terça-feira (28/3), no Palácio da Alvorada, com o presidente Lula (PT) para tratar sobre o teto de taxa de juros para o crédito consignado de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Trata-se de mais uma tentativa do governo de encontrar um meio termo para as taxas máximas de juros dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas.
Em 13 de março, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) reduziu os juros de 2,14% para 1,7% ao mês, no caso do empréstimo consignado convencional. Nas operações com cartão de crédito consignado, o limite máximo caiu dos atuais 3,06% para 2,62%.
A mudança, articulada pelo ministro Lupi, foi aprovada com 12 votos favoráveis e três contrários, e contrariou a Fazenda, a Casa Civil e a Secretaria das Relações Institucionais, além de desagradar instituições financeiras.
Após a decisão do CNPS, Bradesco, Itaú, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Pagbank, Daycoval e Pan anunciaram a suspensão das linhas de crédito consignado para aposentados do INSS.
As instituições financeiras alegam que o novo teto dificulta a situação de arcar com os custos de captação de clientes.
O governo havia realizado uma reunião na noite de segunda-feira (27/3), que não chegou a nenhum acordo. Nesta terça, o presidente Lula entrou no circuito para resolver o impasse.
Atualmente, cerca de 89% do consignado de aposentados do INSS são concedidos por bancos privados. Caixa e Banco do Brasil representam 11% dos empréstimos.