Conselho retoma análise de caso Cunha com manobras protelatórias de aliados
Se não for à votação nesta terça (1º), o parecer pode ser votado na quarta (2). Sessão já teve tentativas de manobras por aliados do presidente da Câmara
atualizado
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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados retomou na tarde desta terça-feira (1º/3) a sessão para discussão do relatório prévio que pede a continuidade do processo disciplinar contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O início da reunião foi marcado por manobras para protelar o andamento dos trabalhos – estratégia já usada outras vezes pelos aliados do peemedebista.
A sessão começou com aliados de Cunha cobrando respostas para questões de ordem que sugerem o impedimento do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), na condução e participação na votação do processo. Araújo disse que impedimento é uma declaração de foro íntimo e que não poderia ser imposta a ele.Em seguida, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, apresentou um requerimento para inverter a pauta. No pedido, o peemedebista solicitava que o colegiado apreciasse primeiro o processo contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e deixasse a votação sobre o caso Cunha em segundo plano. O pedido foi rejeitado em votação nominal por 12 votos a quatro.
Até por volta das 15h, a lista de inscritos para debater o parecer prévio sobre o presidente da Câmara incluía 19 deputados. Se não for à votação nesta terça (1º), o parecer pode ser votado na quarta (2). Mais cedo, Araújo sinalizou que está disposto a esgotar a discussão hoje e, se necessário, fazer sessão noturna.
Troca-troca
O Conselho de Ética mudou mais uma vez a composição de seus membros. Nesta terça-feira foi anunciada a entrada do deputado Silas Câmara (PSD-AM) como suplente. Já o PTB transferiu o deputado Sérgio Moraes (RS) de suplente para titular no bloco, levando a antiga titular, deputada Jozi Araújo (AP), à suplência