Conselho de Ética livra senadoras de punição por protesto em votação
As parlamentares ocuparam a mesa diretora do plenário, interrompendo a sessão que votaria a reforma trabalhista
atualizado
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Por 12 votos a 2, o Conselho de Ética do Senado arquivou nesta terça-feira (8/8) denúncia contra seis senadoras da oposição que protestaram durante a votação da reforma trabalhista na Casa. Na ocasião, as parlamentares ocuparam a mesa diretora do plenário, interrompendo a sessão e atrasando a análise do projeto.
A sessão do conselho foi marcado por confusão logo no início, quando o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), exaltado, protagonizou discussões com colegas que quase acabaram em agressão física. “Essa reunião é ridícula. Vocês arquivaram o caso do Aécio, que tinha mala de dinheiro. Agora vão punir senadoras por sentar na mesa do Senado”, afirmou o petista, que, com dedo em riste, acusou o presidente do conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), de estar desmoralizado. No mês passado, a maioria do conselho decidiu arquivar representação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) com base na delação premiada de Joesley Batista, da JBS.
O senador Humberto Costa (PT-PE), porém, pediu a João Alberto para reconsiderar a decisão. O requerimento de Costa foi aprovado pela maioria do colegiado. “Em tempo de criminalização da política não pode esta Casa Legislativa adentrar a essa seara, tentando intimidar o legítimo direito de manifestação de seus pares”, afirmou Costa no pedido, que foi subscrito por mais 21 senadores.