Congresso votará vetos de Bolsonaro na próxima terça-feira (8)
Entre as matérias a serem apreciadas pelos deputados e senadores está a que prevê distribuição de absorventes a mulheres de baixa renda
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu convocar para a terça-feira (8/2) a primeira sessão conjunta da Câmara e do Senado para análise de vetos do presidente Jair Bolsonaro a matérias aprovadas no ano passado.
A decisão foi comunicada após uma reunião de líderes, realizada nesta quinta-feira (3/2), que decidiu apreciar 37 vetos presidenciais que trancam a pauta do Congresso. Entre eles está o corte de R$ 3,2 bilhões em emendas, sendo R$ 1,8 bilhão nas emendas de bancada (RP 2) e R$ 1,4 bilhão RP 8, como são denominadas as emendas de comissão.
No rol de assuntos a serem votados está o veto que trata da distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda de escolas públicas e pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema, impedido pelo presidente no fim do ano passado.
Outros pontos da pauta são questões relacionadas à privatização da Eletrobras, além do marco das ferrovias e o Refis.
Na próxima segunda-feira (7/2), haverá uma nova reunião para se tentar acordos em relação a cada veto.
O vice-presidente do Congresso, Marcelo Ramos (AM), informou que a votação dos vetos foi uma exigência dos parlamentares, principalmente de oposição, que não aceitaram votar nenhuma outra matéria de interesse do governo antes da apreciação dos vetos.
“Convoco sessão do Congresso na terça-feira, às 14h, tendo como pauta todos os vetos que trancam a pauta mais os vetos relacionados à compensação do tempo partidário e a prorrogação do prazo de validade dos concursos públicos”, disse Ramos.
“Há vetos importantes que precisam ser deliberados, como o da pobreza menstrual, do marco regulatório das ferrovias, da Lei Assis Carvalho, que traz socorro financeiro a agricultores familiares, e ainda várias questões relativas ao Orçamento. A pauta ainda vai ser divulgada”, disse o senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria.