metropoles.com

Congresso, Presidência e TSE prestarão informações sobre voto impresso

Determinação foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, que abriu prazo de cinco dias para as manifestações

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
TSE/Divulgação
urna com voto impresso
1 de 1 urna com voto impresso - Foto: TSE/Divulgação

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu com urgência “informações preliminares” ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao Congresso Nacional e à Presidência da República sobre a implantação do voto impresso nas próximas eleições. Os órgãos terão cinco dias para se pronunciar.

A decisão de Gilmar foi feita no âmbito de uma ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que solicitou a suspensão da implantação do voto impresso no próximo pleito eleitoral.

Gilmar Mendes vai aguardar o envio das informações para decidir posteriormente sobre o pedido de Raquel Dodge. Na mesma decisão, o ministro rejeitou o pedido da União Nacional dos Juízes Federais do Brasil (Unajuf) para ingressar na ação como assistente, mas solicitou a juntada de documentos para que a entidade ingresse na condição de “amigo da Corte” – ou seja, podendo apresentar informações e esclarecer questões técnicas na análise do caso.

Exigência
O voto impresso é uma das exigências previstas na minirreforma eleitoral, sancionada com vetos, em 2015, pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O TSE estima que 30 mil urnas do novo modelo – de um total de 600 mil – deverão ser utilizadas já em 2018, a um custo estimado de R$ 60 milhões neste ano.

A ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) havia sido originalmente distribuída ao ministro Luiz Fux, atual presidente do TSE, que acabou se declarando suspeito no caso. Após uma nova distribuição eletrônica, o processo chegou ao gabinete do ministro Gilmar Mendes, que deixou o comando da Corte Eleitoral na última terça-feira (6).

Retrocesso
Para Raquel Dodge, a reintrodução do voto impresso “caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso”.

Ao entrar com ação no STF, a procuradora-geral da República destacou o relatório das eleições de 2002 do TSE, que apontou série de problemas na implantação de voto impresso em municípios brasileiros naquele pleito, como filas maiores, mais votos nulos e brancos, maior porcentual de urnas defeituosas, além das falhas verificadas apenas no módulo impressor.

Na semana passada, a empresa Smartmatic foi “reprovada” em um teste de impressão de voto realizado no TSE, informou uma comissão de assessoramento técnico da Corte. O grupo concluiu que o “modelo de engenharia” da Smartmatic – primeira colocada em licitação aberta pelo TSE – não atende às exigências do edital.

De acordo com a comissão de assessoramento técnico do TSE, os códigos QRs impressos pelo modelo da Smartmatic “foram lidos corretamente” por aparelhos eletrônicos, mas suas medidas “não atenderam às exigências”.

Procurada pela reportagem, a Smartmatic informou que aceita e respeita a decisão tomada pelo TSE.

Em maio do ano passado, corregedores da Justiça Eleitoral pediram em carta divulgada à imprensa a revogação ou o adiamento do voto impresso.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?